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Alguém se intromete na vida de William Bonner como fazem com Fátima Bernardes?

Apresentadora não abre mão do controle da privacidade. (Foto: Reprodução)

Fátima Bernardes paga um preço alto por estar mais exposta na TV do que o ex-marido, William Bonner. Toda vez que em seu programa, o “Encontro”, surgem temas como namoro, casamento ou separação, as palavras e reações da apresentadora são imediatamente interpretadas (ou deturpadas) e viram manchete.

Há ainda os que se julgam no direito de questionar a intimidade da jornalista, como se ela, por ser uma figura pública, tivesse a obrigação de revelar o que sente, deseja e faz de sua vida amorosa pós-Bonner.

Será que alguém teria coragem de, cara a cara, questionar o âncora do “Jornal Nacional” a respeito de namoro, como fez Tatá Werneck com Fátima, ao vivo na TV?

Ainda que a atitude da atriz tenha sido bem-humorada, provocou constrangimento e uma postura defensiva da apresentadora. Fátima é conhecida por abominar a invasão de privacidade.

Tanto é que ela não disse uma única palavra sobre o fim do casamento diante das câmeras. Alguns apresentadores teriam transformado a própria separação em show midiático para obter audiência e outras vantagens.

Por apresentar um telejornal – sem plateia, sem convidados, sem a possibilidade de saia justa -, Bonner está em situação bem mais confortável. Até se afastou das redes sociais. Provavelmente para evitar perguntas indesejadas.

Fátima não tem essa opção. Está no ar diariamente, ao vivo, com convidados que falam o que querem sem a possibilidade de edição, e conduzindo discussões a respeito de comportamento e relacionamentos. Sua vida fora do ar acaba, involuntariamente, envolvida pelas pautas que apresenta.

Quando se separam, as mulheres, famosas ou anônimas, são muito mais monitoradas, cobradas e julgadas do que os homens igualmente populares. Herança maldita de séculos de imposição machista sobre os pensamentos, os hábitos, as atitudes e os direitos femininos.

Fátima e Bonner não precisam sacrificar o íntimo para atender a curiosidade coletiva. A fama não os torna menos humanos nem tira deles o direito de sofrer e se refazer sem ter o público como testemunha.

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