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Alguns apostam que Eduardo Cunha tentará manobras para reagir, mas que não sobreviverá até março

Adversários sentenciaram que o desempenho do peemedebista ao explicar a origem dos recursos no exterior havia sido “desastroso”. (Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara)

Na noite do dia 7 deste mês, um sábado, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adentrou o escritório de sua residência oficial em Brasília e escolheu um dos charutos que armazena em caixas climatizadas em uma estante entre livros e documentos. Naquela noite, fumou sozinho.
Jornais e TVs do País exibiam sua versão para o dinheiro que ele tem na Suíça. Enquanto o deputado fumava, adversários e correligionários trocavam mensagens de celular em que sentenciavam: o desempenho do peemedebista ao explicar a origem dos recursos no exterior havia sido “desastroso”.
A cena foi o resumo simbólico da semana que traria desdobramentos importantes para aquilo que aliados e inimigos são unânimes em constatar: Cunha começou a percorrer lentamente o caminho seguido antes por outros políticos que caíram em desgraça. Membros do PSDB afirmam que a versão de Cunha sobre as contas na Suíça foi a gota d’água e o ponto de partida para a mudança de postura do partido.
Um dirigente tucano afirmou que não havia mais como defender Cunha após suas declarações. Para ele, o colega terá sobrevida, no máximo, até o começo de março. Até lá, apostam parlamentares de diversos partidos, Cunha vai ensaiar movimentos de reação, como a carta de apoio assinada por governistas e divulgada no mesmo dia do desembarque do PSDB. (Folhapress)

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