A grave crise financeira do Rio Grande do Sul não foi criada pelo atual governo, mas cabe ao governador José Ivo Sartori encontrar as soluções. O aumento de impostos é uma das saídas a ser proposta nesta quarta-feira à Assembleia Legislativa. Não é do agrado da maior parte da base aliada – e o debate será tão duro quanto a crise. Interesses localizados serão confrontados com os interesses gerais. Será possível observar quem pensar nos gaúchos.
Quebrada pela gastança irresponsável dos últimos anos, nos governos Lula e Dilma, a União está de costas para o Rio Grande do Sul. Não presta socorro e ainda toma o dinheiro gaúcho. Sartori não pode contar com Brasília para nada, senão para os repasse previstos em lei. Nenhum centavo a mais será liberado e nenhuma dívida será postergada ou, muito menos, perdoada, favor que o lulopetismo prestou a outros países.
A proposta do aumento de impostos, e outras protocolados antes, transformam a Assembleia Legislativa no centro do debate sobre o presente e o futuro do Rio Grande do Sul. Nas próximas semanas, a bola do jogo político estará rolando no campo parlamentar. A gravidade da situação não permite espaço para jogadas demagógicos e eleitoreiros. As negociações vão clarear as posições. O povo gaúcho saberá quem deseja colaborar efetivamente, preocupado com todos.
Ajudará quem se mostra disposto a fazer o que é necessário para enfrentar as dificuldades e oferecer um novo horizonte para o Rio Grande. A hora é de pensar na sociedade e não somente nos interesses destes ou daqueles setores econômicos ou corporações de servidores públicos. A hora é de descobrir se os partidos querem trabalhar em benefício de todos ou de alguns. Nunca é possível agradar a todos. Quando há uma crise grave, como a atual, muito menos. Alguns terão que perder agora para que todos possam ganhar mais adiante.