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Análises da Fepam sugerem que o aparecimento de uma espuma branca no rio Taquari tenha sido causada pelo baixo nível da água

Característica pode ser percebida em ao menos sete municípios. (Foto: Diego Hoffmeister/Sema)

A espuma branca que nos últimos dias se espalhou pelo rio Taquari e que pode ser vista em ao menos sete municípios da região pode ser resultado do baixo nível da água. Essa é uma das hipóteses de análise preliminar realizada pela Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) após a realização de vistorias e coleta de amostras nos locais. O relatório final deve ser divulgado até o fim desta semana.

Na última sexta-feira, uma equipe fez um sobrevoo com helicóptero do Comando Aéreo da BM (Brigada Militar) pela parte média do rio Taquari e seguiu o seu curso por aproximadamente 80 quilômetros, em busca da origem do material. Durante todo o trajeto, desde os municípios de Roca Sales e Encantado (Vale do Taquari) até a divisa entre Bento Gonçalves e Cotiporã (Serra Gaúcha), foram encontradas manchas, mas sem registro de mortandade de peixes.

O estudo não apontou a presença de substância tóxica ou lançamento clandestino de dejatos. A hipótese que associa o surgimento da espuma está relacionada aos efeitos da falta de chuvas. “A estiagem faz com que os rios operem em capacidade reduzida, acumulando substâncias”, explica o biólogo e analista ambiental Diego Hoffmeister, da Fepam.

Ainda segundo ele, a suspeita é de que a espuma tenha aparecido na água do Taquari nos dia 11 ou 12 deste mês. Os técnicos aguardam o resultado da análise das amostras para definir as próximas ações.

Parque de Itapuã

Mantida pela Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura) do Rio Grande do Sul, a UC (Unidade de Conservação) do Parque Estadual de Itapuã, em Viamão (Região Metropolitana), reabriu ao público as três praias da área: Pombas, Pedreira e de Fora. O local é banhado pelo Guaíba e Lagoa dos Patos e conta com uma estrutura especial, a 57 quilômetros de Porto Alegre.

Segundo a bióloga Dayse Rocha, gestora da UC, a iniciativa se dá por meio de um projeto-piloto, prevendo melhorias e adaptações. “Queremos ouvir os visitantes e, quem sabe, abrir as praias durante o ano inteiro”, ressalta. “Estamos em uma fase de testes, estudando maneiras de adaptar a estrutura e realizar a manutenção para que a praia funcione plenamente. Cada visitante recebe um questionário na entrada e é convidado a deixar sua sugestão.”

Há mais de dez anos, os três pontos não recebiam o público de forma simultânea – apenas a Praia das Pombas estava aberta. Para aproveitar, é fundamental chegar cedo, já que o número de pessoas é limitado a fim de preservar a fauna e flora locais. Todas as praias têm banheiros, vestiários, mesas para piquenique e quiosques. Na Praia da Pedreira não há água potável disponível.

Dayse destaca, ainda, a importância de se valorizar o local: “A Unidade de Conservação é uma área protegida. Até esse momento, a estrutura não comportava visitação e agora aprimoramos alguns serviços, testando as funcionalidades. São paisagens que valem a pena explorar”. Confira os dias de visitação desta semana:

Quinta e sexta-feira: Praia das Pombas (limite de 200 pessoas por dia), Praia da Pedreira (até 100 pessoas), Praia de Fora (200 pessoas). Sábado e domingo: Praia da Pedreira (100 pessoas) e Praia de Fora (300) – Praia das Pombas não abrirá.

O ingresso custa R$ 17,75 e a bilheteria funciona das 9h ao meio-dia e das 13h30min às 17h, com limite de permanência até 20h. O Parque de Itapuã fica na estrada Dona Maria Leopoldina Cirne s/nº, em Viamão. No site www.estado.rs.gov.br podem ser conferidas as regras de conduta aos visitantes.

(Marcello Campos)

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