A pesquisa realizada semanalmente pelo BC (Banco Central) com analistas do mercado financeiro elevou a previsão de inflação para 2016, que deve ficar em 7,04%. Na semana anterior, a taxa prevista era de 7%. E após a indicação de Ilan Goldfajn para a presidência do BC, as projeções para a taxa básica de juros neste ano e no próximo foram reduzidas. Já a perspectiva para o desempenho da economia deu uma trégua e melhorou, passando de uma queda de 3,88% para 3,83%.
Na sexta-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia) e Estatística divulgou o IPCA-15 de maio, considerado uma prévia da inflação oficial, que registrou alta de 0,86% – a maior taxa para o mês desde 1996, quando foi de 1,32% e bem acima das previsões do mercado, que ficaram entre 0,65% e 0,76%.
Também acelerou a alta em 12 meses para 9,62%. O levantamento do BC, no entanto, ainda não reflete totalmente este indicador, já que o relatório Focus foi encerrado também na sexta-feira. Segundo a pesquisa, a inflação deve fechar mais um ano acima da meta do governo, que é de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Para o ano que vem, a taxa foi mantida em 5,5%. O resultado previsto para 2017 está dentro do limite estipulado pelo governo federal, que é de 6%.
(Reuters)