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Anistia pelo 8 de Janeiro é rejeitada por 55% e aprovada por 35%, indica pesquisa Datafolha

O novo levantamento mostra estabilidade com os números registrados anteriormente, em abril, quando 56% se colocaram contra a anistia e 37%, a favor. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Pesquisa Datafolha divulgada nessa sexta-feira (1º) mostra que o projeto de anistia para os condenados pela tentativa de golpe de estado do 8 de Janeiro é rejeitada por 55% e aprovada por 35% dos brasileiros.

Veja os números:

– Contra: 55% (eram 56% em abril);

– A favor: 35% (eram 37%);

– Indiferente: 3% (eram 2%);

– Não sabem: 8% (eram 6%).

Estabilidade

O novo levantamento mostra estabilidade com os números registrados anteriormente, em abril, quando 56% se colocaram contra a anistia e 37%, a favor.

No entanto, é a menor resistência à ideia desde a primeira pesquisa sobre o assunto, feita em março de 2024, com 63% contrários e 31% a favor.

Foram ouvidas 2.004 pessoas em 29 e 30 de julho. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos para mais ou menos.

Revogação de visto

Em outra frente, a revogação do visto americano de Alexandre de Moraes, familiares e de outros ministros do Supremo Tribunal Federal pelo governo Donald Trump é aprovada por 47% dos brasileiros. Outros 42% condenam a iniciativa.

O resultado aferido por pesquisa Datafolha surpreende quando colocado ao lado da motivação da punição imposta por Trump: a determinação de Moraes para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse submetido a medidas cautelares visando evitar que deixe o país antes de ser julgado pela trama golpista de 2022.

Na mesma pesquisa do Datafolha, 55% disseram aprovar as restrições, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica, obrigação de ficar em casa à noite e aos fins de semana e outros itens. Outros 41% desaprovaram a decisão de Moraes.

Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou menos, é possível dizer que a sanção ao ministro do Supremo divide mais a sociedade. Mas fica o fato de que o maior contingente entre os ouvidos apoia tanto punir Bolsonaro quanto Moraes, na prática.

Trump tomou sua decisão no dia 18 de julho, logo após a operação da Polícia Federal que levou Bolsonaro a colocar o dispositivo eletrônico no tornozelo e apreendeu dólares em sua casa.

Como o americano vinha usando o que chama de caça às bruxas contra o ex-presidente pelo Judiciário como justificativa para o tarifaço, elevando as taxas de importação de produtos brasileiros para 50%, e o filho de Bolsonaro Eduardo está nos EUA tratando de promover a causa do pai, Moraes identificou risco de ele sair do Brasil.

O julgamento da trama golpista está previsto para ocorrer em setembro e, se condenado às penas máximas nos crimes dos quais é acusado, Bolsonaro pode pegar até 43 anos de prisão.

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