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Antropólogo diz que silêncio é marca do racismo no Brasil

(Foto: Reprodução)

A Abolição da Escravatura é comemorada no Brasil no dia 13 de maio, marcado nesta segunda-feira. O antropólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP), Kabengele Munanga, que desenvolve pesquisas sobre populações afro-brasileiras na USP desde a década de 1970 lamentou a discriminação existente em evento. Ele afirmou que uma das peculiaridades do processo de preconceito no país é “o silêncio, o não dito, que confunde todos os brasileiros e brasileiras vítimas e não vítimas”, afirmou.

O antropólogo foi um dos homenageados no seminário sobre discriminação racial, na Faculdade de Direito da USP. Para ele, o “racismo à brasileira mata duas vezes (…) Mata fisicamente, como mostram as estatísticas do genocídio da juventude negra em nossas periferias, mata na inibição da manifestação da consciência de todos, brancos e negros, sobre a existência do racismo em nossa sociedade”, enfatizou.

Falta no país, na avaliação do especialista, a consciência sobre a dimensão do problema. O que é, segundo o antropólogo, um obstáculo ao enfrentamento do racismo no país.

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