A companhia farmacêutica Gilead Sciences, fabricante do medicamento remdesivir, ainda não solicitou o registro da substância no Brasil, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A substância é um antiviral apontado como um possível tratamento para pacientes infectados com o novo coronavírus em estado grave.
Na última quarta-feira (6), representantes da empresa e da agência participaram de uma reunião para tratar a possibilidade de registro, fabricação e distribuição do remédio no Brasil.
Segundo um comunicado oficial da Anvisa, a Gilead informou, durante o encontro, que o plano global de submissão para remdesivir, incluindo o Brasil, está “em fase de discussão interna e esclareceu que entrará em contato com a agência tão logo mais informações estejam disponíveis”.
A Anvisa só registra um produto no País – seja medicamento, equipamento, cosmético ou qualquer outro – quando uma empresa ou fabricante solicita esse registro no Brasil. Até o momento, isso não aconteceu com o remdesivir, informou a nota da agência.
A reunião foi proposta pela Anvisa no dia 1º de maio, quando a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, em inglês) autorizou o uso do medicamento no território norte-americano para tratar pacientes com covid-19 hospitalizados em estado grave.
Segundo nota da agência, a Gilead tem vários ensaios clínicos em andamento para o remdesivir e os resultados iniciais devem sair dentro das próximas semanas.
Caso seja comprovado o benefício da substância e a companhia solicitar o registro, a Anvisa afirma que possui mecanismos para acelerar o processo e permitir o acesso rápido da população ao medicamento.