Ícone do site Jornal O Sul

Anvisa proíbe que ingrediente suspeito de intoxicação em animais seja utilizado em alimentos

Aplicação desenvolvida na Bahia recebeu sinal verde da Anvisa para avançar para penúltima etapa dos testes clínicos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou o recolhimento de dois lotes do ingrediente propilenoglicol, da marca Tecno Clean Industrial Ltda. A Resolução (RE) 3.008 proíbe a comercialização, distribuição, manipulação e uso de dois lotes do ingrediente propilenoglicol

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontou que os lotes agora recolhidos pela Anvisa foram contaminados por uma substância tóxica. O propilenoglicol adulterado foi usado na fabricação de petiscos para cachorros e pode ter sido responsável pela morte de ao menos 40 animais.

De acordo com o Mapa, os lotes AD5035C22 e AD4055C21 de propilenoglicol contêm etilenoglicol, um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática.

Durante a investigação conduzida pelo Mapa, foi identificada a possibilidade de distribuição do propilenoglicol contaminado para outras fábricas. Considerando que o produto é um aditivo alimentar permitido para alimentos para humanos, a Anvisa decidiu publicar a medida preventiva.

O que fazer se você tiver adquirido o produto: Empresas que tenham adquirido os lotes de propilenoglicol da empresa Tecnoclean (AD5035C22 e AD4055C21) não devem utilizá-los em nenhuma hipótese, nem comercializar, devendo entrar em contato com a empresa para devolução.

Adicionalmente, caso identifiquem que o uso tenha ocorrido, devem de imediato adotar ações com os produtos produzidos, incluindo a investigação imediata de potencial contaminação e todas as outras ações necessárias para evitar consumo do produto.

Veja o que informou o Mapa na última semana: “Até o momento, as investigações ainda não determinaram a origem do aditivo utilizado, em virtude da falta de rastreabilidade dos envolvidos e da mistura de lotes de aditivos nos diferentes estabelecimentos já identificados sem registro no Ministério. O propilenoglicol é um produto de uso permitido na alimentação animal, desde que seja adquirido de empresas registradas no Mapa. Para o maior controle quanto à conformidade do propilenoglicol comercializado, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal determinou nesta sexta-feira (9) que empresas fabricantes de alimentos e mastigáveis devem indicar os lotes de propilenoglicol existentes em seus estoques e seus respectivos fabricantes e importadores ao Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA) de sua região, realizar análises em produtos que contenham o propilenoglicol em sua composição, para garantir a segurança de uso nesses produtos, e indicar os lotes de produtos acabados em estoque e já distribuídos que tenham utilizado propilenoglicol em sua composição, incluindo a porcentagem utilizada. Em caso de resultado não conforme, as empresas devem realizar o recolhimento dos produtos e informar ao SIPOA da região.

Sair da versão mobile