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Aperto de mão fraco pode indicar maior risco de doenças

Um aperto de mão pode dizer muito sobre a saúde. (Foto: Divulgação)

Um aperto de mão pode dizer muito sobre a saúde. Isso porque a força de preensão (agarrar, pegar ou segurar) é um biomarcador do envelhecimento, ou seja, uma característica objetiva e quantificável do processo de envelhecimento que podemos rastrear.

De acordo com um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos e publicado na revista científica “Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle”, a falta de força de preensão – a mesma que fazemos quando apertamos a mão de alguém – está relacionada com uma maior chance de morte prematura e doenças cardíacas, além de câncer. Para chegar ao resultado, os pesquisadores analisaram dados de 1.300 homens e mulheres com idade acima de 70 anos, no período de dez anos.

Morte prematura

Os participantes usaram um dinamômetro de mola Smedley para medir a força de preensão, segurando a ferramenta e apertando-a duas vezes, da forma mais forte possível. A pesquisa revelou que, quanto mais fraco o aperto de mão for, com o passar do tempo, maior será a probabilidade de os participantes desenvolverem uma doença grave ou terem uma morte prematura. Os cientistas também coletaram amostras de sangue de cada participante com o propósito de conferir os níveis de metilação do DNA (modificação covalente de DNA que não altera sua sequência, mas tem uma influência sobre a atividade do gene).

Esforço corporal

A força de preensão manual envolve a potência e a capacidade das mãos de realizarem tarefas que pedem por esforço corporal, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, Antonio Tufi Neder Filho. “Em geral, a força de preensão é maior nos homens, principalmente dos 25 aos 45 anos e na mão dominante”, fala. “Para entender o nível de cada pessoa, é aplicado o teste de preensão manual, que serve para testarmos a força e vitalidade dos músculos do punho e mão e pode ser aplicado em indivíduos de qualquer idade”, completa.

De acordo com o presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão), o teste é feito por meio de aparelhos. “Precisamos de um dinamômetro ou JAMAR, que são duas barras de aço paralelas que devem ser apertadas entre si para que possamos medir a intensidade da força”, fala Tufi. “Dessa forma, avaliamos força, estado nutricional, doenças neurológicas, problemas ortopédicos e, portanto, quando o resultado estiver alterado, um profissional médico deverá ser consultado”, conclui.

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