Após receber elogios do presidente americano, Donald Trump, na abertura da 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, compartilhou um vídeo nas redes sociais que registra um encontro amistoso com seu homólogo francês, Emmanuel Macron. A gravação reforça a imagem de cordialidade e boa relação do líder brasileiro com outros chefes de Estado presentes no evento.
No vídeo, publicado na manhã dessa quarta-feira, Lula e Macron aparecem se cumprimentando com abraços, apertos de mão e caminhando de braços dados pelos corredores da ONU. Em determinado momento, Macron deseja sorte ao presidente brasileiro e afirma: “Você discursou esta manhã, eu vi. Você é um grande guerreiro.”
Na abertura do evento, Trump afirmou ter se encontrado com Lula pouco antes de ocupar o centro do plenário em Nova York. Segundo o republicano, os dois teriam se abraçado e concordaram em se encontrar na semana que vem.
A fala de Trump aconteceu após o discurso do presidente brasileiro, que fez várias críticas indiretas aos EUA e ao republicano. O governo brasileiro confirmou que os presidentes se encontraram, mas não que uma reunião oficial havia sido marcada.
“Eu estava entrando, e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos”, afirmou Trump. “Combinamos que vamos nos encontrar na próxima semana. Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos. Em retrospecto, que bom que eu esperei, porque isso não tem funcionado bem (diálogo com Lula), mas conversamos, tivemos uma boa conversa, e combinamos de nos encontrar na semana que vem. Mas ele parecia um homem muito legal. Na verdade, ele gostou de mim, eu gostei dele. Eu só faço negócios com pessoas de quem eu gosto. Quando eu não gosto, eu não gosto. Tivemos ao menos 39 segundos de uma química excelente. É um bom sinal.”
O governo brasileiro confirmou ao O Globo que Lula e Trump tiveram um encontro breve, mas cordial, após o discurso do brasileiro na abertura da Assembleia Geral. Segundo uma fonte que presenciou a cena, Trump havia assistido à fala do presidente, e, no encontro, ambos sinalizaram disposição para um diálogo mais amplo. Ainda não há, porém, uma combinação formal para a reunião citada pelo americano.
A menção a Lula aconteceu em um momento em que Trump se referia às tarifas de 50% impostas pelos EUA a importações brasileiras – uma medida que o Departamento de Estado vinculou a uma série de pautas, incluindo uma suposta perseguição política e judicial ao grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro, e à imposição de regulamentações às plataformas americanas, que Washington reputa como censura. As informações são do jornal O Globo.