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Após ataque a tiros em uma redação de jornal, a polícia reforçou a segurança em sedes de jornais e emissoras de Nova York

Agentes de segurança foram vistos em frente ao jornal The New York Times. (Foto: Reprodução)

A polícia de Nova York (EUA) reforçou nesta quinta-feira (28), a segurança em várias sedes de jornais e emissoras de televisão da cidade após o ataque a um jornal de Annapolis que deixou cinco mortos, informaram fontes oficiais.

Imagens divulgadas por diferentes meios de comunicação mostraram agentes policiais na porta das sedes de emissoras como CBS e também na do jornal The New York Times, em medidas que são regularmente aplicadas quando há um atentado ou um ataque grave nos Estados Unidos.

Segundo informou o Departamento de Polícia de Nova York, a operação especial “não se baseia em nenhuma ameaça específica”, mas se trata de uma “prática habitual” nesse tipo de situação.

“Estamos acompanhando os relatórios sobre Annapolis e enviamos equipes antiterroristas a meios de comunicação ao redor de Nova York”, afirmou no Twitter o escritório de imprensa da Polícia de Nova York.

De acordo com os boletins divulgados até agora, um desconhecido abriu fogo nesta quinta na sede do jornal Capital Gazette, em Annapolis (Maryland), com um saldo de ao menos cinco mortos e vários feridos.

Segundo uma fonte policial à NBC News, o suspeito é um homem branco de 39 anos de idade, morador local, que usava uma mochila e uma espingarda. Também tinha uma bomba que não foi explodida. Ele foi achado escondido embaixo de uma mesa já sem a arma, segundo o chefe executivo do condado local, Steve Schuh.

Preso após uma rápida resposta policial, o atirador não carregava documentos de identificação. Ele não estaria cooperando com a polícia e teria deliberadamente mutilado a ponta dos dedos para não ser identificado por digitais e precisou passar por um software de reconhecimento facial, de acordo com fontes ouvidas pela rede de TV.

O episódio foi o 195º ataque a tiros em massa no país somente em 2018, que já somam 256 mortos, segundo o site “Mass Shooting Tracker”.

“Foi um ataque direcionado”, afirmou o vice-chefe da polícia local, William Krampf. “O atirador procurou por suas vítimas enquanto andava pelo local.”
Um estagiário do jornal — pertencente ao grupo de mídia do diário “Baltimore Sun” e a meia hora de Washington — relatou numa publicação do Twitter que havia um atirador no local e pediu socorro: “Por favor nos ajudem”.

O jornalista Phil Davis, repórter de polícia e Justiça da publicação, usou o Twitter para relatar o que acontecia. Em poucos caracteres, ele transmitiu o medo de se ver preso em um ambiente atacado por um homem armado. Segundo Davis, o atirador entrou na redação da “Gazette” e começou a disparar indiscriminadamente.

“Um homem atirou em várias pessoas no meu escritório (…) O atirador disparou contra uma porta de vidro em direção à redação e abriu fogo contra vários empregados. Não posso dizer muito até agora e não quero declarar ninguém morto, mas é grave”, disse ele em duas mensagens. “Não há nada mais tenebroso do que ouvir várias pessoas serem baleadas enquanto você está debaixo da sua mesa e então ouvir o atirador recarregando.”

 

 

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