Os deputados Flávio e Eduardo Bolsonaro, filhos do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), pediram a PF (Polícia Federal) para reforçar a segurança do pai, alvo de uma facada durante uma caminhada em Juiz de Fora, na quinta-feira passada. Os dois parlamentares pediram também que a polícia avalie a necessidade de ampliar a segurança para outras pessoas da família. Os dois fizeram o pedido durante reunião com o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, no início da tarde desta segunda-feira (10).
“Nós, enquanto família, vamos oficiar a PF para saber se, na avaliação deles, há necessidade de ampliação ou aumento desse nível de proteção em relação ao Jair. O partido (PSL) vai oficiar para que eles façam essa análise e se concede ou não a extensão da segurança para algum membro da família”, disse Flávio Bolsonaro.
Pela lei, o pedido deve ser apresentado formalmente pelo partido, o PSL, e não diretamente por familiares do candidato interessado na proteção especial. Os dois deputados também foram informados de que a polícia já ampliou o número de policiais responsáveis pela segurança dos presidenciáveis. Até semana passada, cada um contava com um aparato de até 21 policiais federais. Depois do atentado, o número teria sido ampliado para 25.
Flávio, que é deputado estadual pelo Rio de Janeiro, disse que já alertou a Secretaria de Segurança do Estado sobre os riscos a que está exposto. Perguntados se têm medo de que também sejam alvos de violência, Eduardo respondeu que ele e o irmão, “como todo brasileiro” tem receio de sair às ruas. O deputado não soube dizer se o general Mourão, vice-na chapa de Bolsonaro, também terá proteção especial da polícia. Ele considera importante, no entanto, o reforço da segurança de todos os aliados mais próximos do pai.
“Enquanto não se chega a uma conclusão, a tendência é reforçar a segurança. Não se sabe se é uma articulação política, um lobo solitário, se é um louco, mas enquanto não tivermos um esclarecimento em relação a isso, todos nós somos alvos”, disse Eduardo Bolsonaro.
Flávio disse ainda que o pai, mesmo internado, continuará fazendo campanha pela internet. Os filhos e os apoiadores estão encarregados de ampliar a campanha de rua.
“Ele vai fazer a campanha agora, quando tiver condições, basicamente via internet e da nossa parte e de todos os candidatos do PSL um empenho ainda maior para mostrar para quem tentou tirar a vida dele e manchar de sangue essa campanha eleitoral que a vontade do povo vai ser respeitada”, afirmou Flávio.
O deputado considerou natural a decisão da equipe médica de fazer uma cirurgia para religar parte do intestino de Bolsonaro. Segundo ele, a informação sobre a nova intervenção, divulgada num boletim médico nesta segunda-feira, foi interpretada de forma equivocada por algumas pessoas. Para o deputado, ao contrário do que alguns poderiam ter imaginado, não houve agravamento no quadro clínico do presidenciável.
“Estava no protocolo já. Acho que as pessoas interpretaram errado a forma com que o boletim médico foi divulgado. Ele teve uma interrupção do seu sistema digestivo na parte do intestino e já é previsto, no momento correto que a equipe médica determinar, que ele fará a religação do seu intestino. Era algo que estava previsto e vai ocorrer no momento em que eles avaliarem que não há risco de infecção para essa cirurgia ocorra. Nada fora do normal”, afirmou.
