Depois de uma longa briga judicial pela herança bilionária de Gugu Liberato (1959-2019), João Augusto revelou seu desejo de começar a construir a própria carreira e ganhar seu dinheiro sem depender do pai.
Em entrevista a TV Record, o jovem de 23 anos falou sobre o sonho de se tornar comunicador, como Gugu. “Eu vim para o Brasil para continuar a minha carreira porque eu sinto dentro de mim que eu tenho uma vontade muito forte de concluir aquilo que o meu pai deixou aberto”, declarou.
“Porque, querendo ou não, meu pai foi tirado de mim, tirado da nossa família, tirado do público brasileiro. Então, ele deixou muitas coisas em aberto, negócios em aberto. Ainda existe muita história que precisa ser contada. Foi por isso que eu vim para cá, para dar andamento na minha carreira. E eu não quero só dar continuidade ao trabalho dele, eu quero realmente concluir esses ciclos que não foram concluídos”, explicou o herdeiro.
Gugu sabia que o filho gostava de estar na frente das câmeras, e até o incentivou a lançar um canal de culinária no YouTube. Mas não chegou a ver que a vontade de João Augusto era seguir carreira na comunicação. “Eu acho que ele tinha uma noção disso. Mas ele partiu muito cedo, não deu tempo de eu falar para ele que era isso que eu queria seguir mesmo”, lamentou.
João Augusto vê semelhanças entre ele e o pai. “Olha, eu sinto muito na voz. Quando eu assisto a vídeos antigos do meu pai, quando ele era mais jovem, a minha voz parece muito com a dele. E tem um pouco do olhar. Eu vejo o porquê de as pessoas falam isso. E me deixa muito feliz, claro”, concordou o jovem.
Ele, então, deu algumas dicas do trabalho que deseja fazer em breve – seja na TV, no streaming ou na internet. “O que eu sei é que eu quero trazer coisas novas, diferentes. Coisas modernas, mas sempre com uma alta qualidade. Quero trazer coisas que o público nunca viu. Eu tenho várias ideias, e eu não vejo a hora de transformar essas ideias em realidade.”
Timidez
Apesar de ser muito tímido, João Augusto se diz pronto para a carreira de comunicador. E revelou um segredo sobre o pai que poucas pessoas sabiam: ele também não era uma pessoa naturalmente extrovertida. “Uma coisa que eu sempre falo, e que as pessoas podem não saber, é que meu pai, [mesmo sendo] o comunicador que ele foi, era uma pessoa tímida. Ele era tímido.”
“Só que tinham duas pessoas: um era o Gugu, e o outro era o Antônio Liberato. E ele sabia fazer muito bem essa transição, entre artista e empresário, pai, pessoa de família. E eu acho que eu tenho uma pegada bem parecida. Eu tenho essa timidez, mas gosto de me expressar na frente das câmeras. Gosto de trazer curiosidades pro público, dar o carinho e recebê-lo de volta”, disse.
Comparação
Ele sabe que, no momento em que se lançar como apresentador, as comparações com Gugu serão inevitáveis. Mas está pronto para isso. “Existe uma comparação grande, isso é verdade. Mas eu não tenho medo disso. Porque eu não sou o meu pai, eu sou diferente do meu pai, eu tenho minhas próprias características, meus próprios valores. Eu me sinto muito orgulhoso de ter tido o meu pai como mentor e como pai, mas acho que está na hora de eu construir a minha própria carreira, fazer a minha própria trajetória.”
No embalo da própria trajetória, ele também ressaltou a importância de ganhar o próprio dinheiro para não depender da fortuna que herdou. “Eu quero construir meu próprio legado, fazer o meu próprio dinheiro, para que eu possa começar a curtir um pouco também, comprar as coisas que eu gosto. Mas eu tenho esse desejo de fazer as coisas vindo de mim, é importante para mim.”
Briga pela herança
João Augusto falou brevemente sobre a disputa judicial com a mãe, Rose Miriam, e as irmãs, as gêmeas Marina e Sofia Liberato. “Todos nós passamos por muitas coisas nesses últimos cinco, seis anos, isso foi uma verdade. Teve muito conflito. Mas a verdade é que a gente já está bem há muito tempo, há anos, todos nós nos amamos novamente, eu tenho contato com as minhas irmãs, com a minha mãe”, minimizou ele.
“Nada mudou da época que o meu pai estava aqui com a gente. Então, é o que eu sempre digo: eu acho que isso era o que faltava para eu ficar em paz e confortável com essa grande perda que foi a perda do meu pai. Porque meu pai sempre ensinou pra gente que família é tudo. Ele falava: ‘Você nunca vai ter ex-irmãos, ex-mãe. Pode ter ex-amigos, ex-namorada, mas família é para sempre’.”