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Após cinco meses, atividade da indústria gaúcha tem leve alta em setembro

Em relação a abril do ano passado, o setor recuou 7,2% (Foto: Banco de Dados)

Após cinco meses de queda, o IDI-RS (Índice de Desempenho Industrial no Estado), divulgado pela Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), teve um leve crescimento de 0,3% em setembro na comparação com agosto, ajustado sazonalmente. No entanto, quando a comparação é com o mesmo mês do ano passado, a atividade do setor registra uma desaceleração de 11,3%.

Nessa base, o atual ciclo recessivo iguala-se em duração ao maior já registrado – 19 meses seguidos no biênio 2005-2006 – e deverá ultrapassá-lo. “As crises anteriores foram caracterizadas por um evento externo, como foi o caso da estiagem de 2005 e da turbulência econômica internacional de 2008. A situação atual é mais grave, visto que é reflexo de um modelo econômico que resultou em alto endividamento público, baixa competitividade e elevada inflação”, afirmou o presidente da entidade, Heitor José Müller.

A alta da atividade na passagem de agosto para setembro foi puxada pelo faturamento real (6,7%) e pelas compras de matérias-primas (2,3%). Por outro lado, as horas trabalhadas na produção e a UCI (Utilização da Capacidade Instalada) recuaram 0,6% e 1,3%, respectivamente. O emprego (-0,6%) caiu pelo oitavo mês seguido, e a massa salarial (-2,1%) completou um ano de queda ininterrupta.

No acumulado do ano, a contração do IDI-RS foi de 8,6%. Nessa base anual, todos os indicadores caíram: compras industriais (-15,5%), faturamento real (-10,9%), horas trabalhadas (-8,5%), massa salarial (-7,7%), emprego (-6%) e UCI (-2,3%). Dos 17 principais setores industriais gaúchos, 13 apresentaram recuo. Os maiores impactos negativos vieram de veículos automotores (-22,8%), máquinas e equipamentos (-15,0%), móveis (-15,3%), metalurgia (-12,9%) e produtos de metal (-7,2%).

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