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Médica é demitida após compartilhar diagnóstico de Dona Marisa em grupo do WhatsApp

Marisa Letícia teve um AVC no dia 24. Dados sobre seu estado de saúde foram compartilhados no WhatsApp. (Foto: Reprodução)

Uma médica do Hospital Sírio-Libanês compartilhou com terceiros informações sigilosas do diagnóstico da ex-primeira-dama Marisa Letícia, horas depois de sua internação, há dez dias. A médica reumatologista de 31 anos enviou mensagens a um grupo de WhatsApp de antigos colegas de faculdade, confirmando que dona Marisa estava no pronto-socorro com diagnóstico de AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico de nível 4 na escala Fisher — considerado um dos mais graves — prestes a ser levada para a UTI. Na noite desta quarta-feira (2), o hospital informou que a profissional foi demitida por causa do compartilhamento de informações sigilosas, embora não tenha informado a data em que isso aconteceu.

De acordo com o Código de Ética Médica, profissionais de saúde não podem permitir o acesso de terceiros a prontuários de pacientes. A mensagem foi compartilhada no grupo intitulado “MED IX”, numa referência à turma de formandos em Medicina de 2009 na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, e se espalhou em outros grupos de WhatsApp. O boletim médico divulgado horas depois pelo hospital faz referência à hemorragia cerebral por ruptura de um aneurisma, mas não dava detalhes técnicos a respeito da gravidade do diagnóstico.

Desde o dia 24 dona Marisa está em tratamento na UTI. Nesta quarta houve uma piora em seu estado de saúde e exames apontaram que ela não tem mais fluxo cerebral. A família autorizou a doação de seus órgãos.

No dia de sua internação, um médico que atua fora do Sírio-Libanês foi o primeiro a enviar informações sobre o diagnóstico de dona Marisa no grupo “MED IX”. Ele postou imagens de uma tomografia atribuída a dona Marisa Letícia, acompanhada de detalhes que foram confirmados, em seguida, pela profissional demitida.

A colegas, a médica alegou ter confirmado informações já divulgadas na mídia, em grupo restrito de médicos de sua confiança. Ela lamentou que tenham sido compartilhadas com outros grupos e disse não ter tido contato pessoal com o prontuário.

 

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