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Após denunciar Collor e o presidente da Câmara dos Deputados, procurador-geral da República deve enfrentar sabatina dura

Janot foi indicado pela presidenta Dilma Rousseff para exercer mais um mandato de dois anos à frente da Procuradoria (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

Marcada para ocorrer na quarta-feira (26), a sabatina do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado deve ser um dos principais assuntos da semana. Ele foi indicado pela presidenta Dilma Rousseff para exercer mais um mandato de dois anos à frente da Procuradoria.

Para permanecer no cargo, Janot precisa, além de passar por nova sabatina na CCJ, ter seu nome aprovado por pelo menos 41 senadores no plenário da Casa. O atual procurador-geral da República dependerá da aprovação, inclusive, de políticos investigados na Operação Lava-Jato.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos investigados, declarou na última semana que pretende colocar a indicação de Janot em votação no plenário na quarta-feira, mesmo dia da sabatina e da análise do nome na CCJ.

Também investigado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que integra a CCJ, afirmou na sexta-feira (21) que a sabatina deverá ser “exaustiva”, mas ressaltou que não haverá “retaliação” pelas denúncias apresentadas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL).

Janot apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) denúncia por corrupção contra Cunha e Collor na quinta-feira (20). Foram as primeiras denúncias de políticos com foro privilegiado nas investigações da Operação Lava-Jato. Janot ainda pode apresentar denúncia contra outros políticos que estão na lista de inquéritos que ele enviou ao STF. (AG) 

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