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Após dez anos, 26 réus do maior furto a banco do país não foram julgados

Por meio de túnel, ladrões levaram mais de 3 toneladas em notas de 50 reais em Fortaleza. (Foto: Tuno Vieira/AE)

Dez anos depois do furto ao BC (Banco Central) em Fortaleza, a Justiça Federal no Ceará contabiliza 28 ações penais sobre o caso, 133 denunciados por envolvimento no crime e 94 réus condenados, sendo que dez foram absolvidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Dos 164,7 milhões de reais levados, a PF (Polícia Federal) estima que, no máximo, 60 milhões de reais foram recuperados, por meio da venda de bens dos participantes ou pelo resgate de quantias em espécie durante as investigações. Ainda não foram a julgamento 26 réus.

Na madrugada de 5 para 6 de agosto de 2005, ladrões entraram na caixa-forte do BC por meio de um túnel e levaram mais de 3 toneladas em notas de 50 reais passando por baixo de uma das mais movimentadas vias do Centro de Fortaleza, a avenida Dom Manuel. O túnel partia de uma casa alugada pela quadrilha. O crime só foi descoberto no início do expediente da segunda-feira (8). A PF considera o maior furto a banco da história do País e o terceiro, no mundo.

Bens
O dinheiro se alastrou por dezenas de cidades brasileiras, na forma de carros, fazendas, joias, casas, entre outros bens. Foram necessários 77 leilões entre 2007 e 2013 para converter 218 lotes de bens apreendidos em pouco mais de 12,5 milhões de reais. O dinheiro foi restituído aos cofres do banco. Uma casa com piscina em um condomínio na cidade de Barueri (SP) alcançou lance de 716,7 mil reais. É o bem de maior valor de venda de todos os leilões. (AG)

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