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Após explosão, a produção de petróleo em uma refinaria da Petrobras não tem data para ser retomada

A explosão atingiu a caldeira de craqueamento, que havia passado por manutenção recentemente, e a unidade de destilação. (Foto: Divulgação)

A Replan, refinaria da Petrobras em Paulínia, no interior de São Paulo, confirmou na manhã desta terça-feira (21) que a produção de petróleo na unidade ainda não foi retomada após a explosão e não há um prazo definido para que isso ocorra. No entanto, os funcionários já puderam retornar às suas funções.

Os trabalhadores cumprem expediente e realizam atividades de rotina que independem da retomada da produção. Imagens de dentro da Replan mostram a explosão, que ocorreu na madrugada de segunda-feira (20). É possível ver parte da estrutura de tubulações danificada pelo fogo.

De acordo com a Petrobras, uma comissão foi instaurada para avaliar os danos, as causas, a área afetada e a possibilidade da produção ser restabelecida. Ainda não se sabe se a refinaria teria condições de retomar a produção parcialmente.

Carretas de transporte de combustíveis estão conseguindo abastecer na Replan. Segundo a Petrobras, caso o estoque de Paulínia acabe, o combustível virá de outras refinarias do País. A empresa diz que não há possibilidade de aumento no preço dos produtos por conta do incidente.

Observatório captou explosão

O Observatório Municipal de Campinas (SP) conseguiu captar o clarão da explosão na Replan, na madrugada de segunda. Na imagem de uma das câmeras, que mostra o céu, surge uma luz intensa no momento em que houve o incidente na refinaria.

A explosão atingiu a caldeira de craqueamento, que havia passado por manutenção recentemente, e a unidade de destilação, onde o combustível é aquecido a altas temperaturas. Ninguém se feriu.

Reajustes
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) espera apresentar até o fim do mês a minuta de uma nova resolução para aumentar a transparência na variação dos preços de derivados do petróleo no Brasil. Segundo o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, entre as medidas estudadas está a proibição da antecipação dos reajustes. As alterações passariam a ser divulgadas necessariamente em tempo real.

Além disso, a ideia é não permitir que as empresas fixem uma periodicidade para divulgação dos preços e determinar que os dados sejam divulgados para cada ponto de venda. A proposta deverá ser submetida a uma consulta pública antes de ser aprovada pela agência. A expectativa é de que todo o processo seja concluído até o final de setembro, quando as regras definidas passariam a vigorar.

Segundo Oddone, a resolução deverá trazer regras para os variados agentes da cadeia produtiva do setor do petróleo, incluindo produtores, distribuidores, importadores e postos de combustível. “Havendo maior transparência, a sociedade aceita melhor a variação de preços”, avaliou o diretor-geral, em evento realizado na segunda (13) pelo Grupo Lide, uma organização privada que reúne líderes do setor empresarial.

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