O presidente Michel Temer confirmou a sua intenção de avançar nas reformas promovidas por seu governo mesmo após a greve em grande parte das principais cidades do País nessa sexta-feira e que teve confrontos entre manifestantes e a polícia em diversos locais. No Rio, oito ônibus foram queimados (foto).
“O governo federal reafirma seu compromisso com a democracia e com as instituições brasileiras”. “O trabalho em prol da modernização da legislação nacional continuará, com debate amplo e franco, realizado na arena adequada para essa discussão, que é o Congresso Nacional”, disse o presidente em um comunicado.
Temer lamentou também o que chamou de “atos isolados de violência” e os “graves incidentes” ocorridos durante as mobilizações.
O presidente ressaltou que as manifestações políticas convocadas hoje “ocorreram livremente em todo país” com “a mais ampla garantia ao direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações” e lamentou os bloqueios de estradas e avenidas que afetaram a mobilidade urbana.
“(O governo) acredita na força da unidade de nosso país para vencer a crise que herdamos e trazer o Brasil de volta aos trilhos do desenvolvimento social e do crescimento econômico”, afirmou.
Casa de Temer
Um protesto em frente à casa do presidente Michel Temer, em São Paulo, foi marcado por confronto entre manifestantes e a polícia. A residência fica na Zona Oeste da capital paulista. Imagens de televisão mostraram a tropa de choque usando bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar o grupo de manifestantes, alguns com os rostos cobertos, que reage atirando pedras e paus.
Durante todo o dia, trabalhadores paralisaram as atividades em vários setores do País em adesão à greve geral contra as reformas trabalhista e da Previdência.
