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Após mudança no comando do Ministério da Justiça, não está descartada a troca do chefe da Polícia Federal

Daiello, que está à frente da PF desde 2011, corre o risco de perder o cargo. (Foto: Abr)

Com a decisão do presidente Michel Temer de colocar Torquato Jardim no comando do Ministério da Justiça, a expectativa do Palácio do Planalto é retomar a influência sobre a PF (Polícia Federal). Não está descartada nem mesmo a substituição do diretor-geral da PF, Leandro Daiello.

Investigadores da Lava-Jato já demonstram preocupação com as mudanças no Ministério da Justiça. Serraglio era considerado um ministro fraco, e que, por isso mesmo, não tinha influência no comando da PF e não conseguia interferir nos rumos da Lava-Jato. O Planalto optou por Torquato por considera-lo com personalidade suficiente para retomar o controle da PF.

Além disso, ele é considerado um nome com boa interlocução com tribunais superiores, inclusive no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que jugará na próxima semana a cassação da chapa Dilma-Temer. Torquato já foi ministro do TSE.

Osmar Serraglio já foi convidado para permanecer no governo no lugar de Torquato, no Ministério da Transparência. Com isso, o deputado Rocha Loures, que foi flagrado recebendo uma mala de R$ 500 mil, mantém a prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal.

Pronunciamento

Torquato afirmou em entrevista à GloboNews que só vai se pronunciar sobre a situação da direção-geral da Polícia Federal após assumir o cargo oficialmente.  “Tudo vai ser estudado e refletido. Vou ouvir o presidente [Michel] Temer, o secretário-executivo, e fazer a minha própria avaliação antes de tomar qualquer decisão. Exatamente como fiz na Transparência, mas na Justiça é mais complexa”, disse o novo ministro.

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