O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, sugeriu que as eleições presidenciais de novembro poderiam ser fraudadas, no mesmo dia em que pesquisas de intenção de voto colocaram a rival Hillary Clinton nove pontos na frente do magnata. Ao mesmo tempo, ele endureceu o tom contra a democrata, chamando-a de diabo.
“Temo que a eleição seja fraudada, eu tenho que ser honesto”, disse ele, nessa segunda-feira, em um comício em Columbus, Ohio. Sem apresentar nenhuma evidência, o republicano afirmou que tem ouvido “mais e mais” que a votação seria injusta.
Mais tarde, ele repetiu a afirmação na Fox News. “Espero que os republicanos estejam acompanhando de perto, ou será tirado de nós.”
Trump fez comentários semelhantes sobre as primárias do Partido Democrata, indicando que a legenda manipulou o sistema para favorecer Hillary Clinton ante o adversário Bernie Sanders. No início do ano, ele também se queixou do sistema republicano nas prévias, em meio a esforços do partido para impedir a sua candidatura.
Em outro comício na Pensilvânia, Trump chamou Hillary diretamente de diabo, em seu ataque mais duro à ex-secretária de Estado. Ele acusou Sanders de se render na corrida democrata, dizendo que o senador “fez um acordo com o diabo. Ela é o diabo”.
Trump está sob fogo cruzado após criticar a mãe de um militar muçulmano americano morto no Iraque. Tanto republicanos quanto democratas condenaram a declaração do magnata.
Uma nova pesquisa da CNN divulgada nessa segunda-feira mostrou Hillary com o apoio de 52% dos eleitores, contra 43% para Trump. Na semana passada, a ex-secretária de Estado fez o discurso mais longo da sua carreira ao aceitar a indicação democrata.
Após a Convenção Nacional Republicana, realizada antes da democrata, a pesquisa CNN-ORC dava 48% das preferências ao magnata, contra 45% para Hillary. (AG)