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Após megaoperação no Rio de Janeiro, Eduardo Leite diz que a “segurança pública não deve ser campo de guerra ideológica”

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, publicou um vídeo em suas redes sociais falando sobre o episódio. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Após a megaoperação policial deflagrada na última terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro (RJ), e que terminou com mais de 120 mortos, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, publicou um vídeo em suas redes sociais falando sobre o episódio e afirmou que a “segurança pública não deve ser campo de guerra ideológica”.

“Os acontecimentos recentes do Rio de Janeiro escancaram um problema que o Brasil, do ponto de vista nacional, empurrou com a barriga. O rumo da segurança pública. Mais de 120 mortos até agora e o País inteiro segue discutindo quem errou, quando o erro é justamente a falta de rumo, a falta de coordenação, de mínima integração”, afirmou o governador.

“Virou moda procurar culpados. Os dedos são apontados para todos os lados e sobra para todo mundo. Mas enquanto o País briga para ver quem grita mais alto para tentar ganhar essa discussão, quem resolve as coisas? E o crime? Esse sim, em silêncio, continua trabalhando”, disse Leite.

“Se a gente quiser sair desse ciclo, a gente precisa parar de falar com raiva e começar a pensar com lucidez. Segurança pública não deve ser campo de guerra ideológica. É um tema que exige coragem, sim, mas demanda, igualmente, razão, estratégia, técnica para enfrentar o que muitos fingem não ver”, declarou o chefe do Executivo gaúcho.

Operação Contenção

O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro identificou 100 dos 121 mortos na Operação Contenção. Todos os corpos passaram pela necropsia, que é o exame detalhado que revela a causa e as circunstâncias da morte, mas os laudos só devem ser divulgados em um prazo de 10 a 15 dias úteis.

Os corpos de sessenta pessoas foram liberados para sepultamento. As informações foram divulgadas por deputados federais e estaduais que fizeram uma diligência no IML da capital na tarde dessa quinta-feira.

Os deputados cobraram a divulgação de uma listagem com os nomes de todos os mortos já identificados, mas de acordo com o deputado federal Henrique Vieira, a direção do IML disse que isso cabe à Secretaria de Polícia Civil: “Se já tem um número de identificados e um número de liberados, por que isso ainda não é público? A única conclusão é que o Secretário de Polícia Civil ainda não autorizou”.

A deputada federal Talíria Petroni (Psol-RJ) complementou: “E eles justificaram também que a operação foi parte de uma investigação e por isso eles não podem identificar os mortos. O que mostra que eles já têm uma pré-caracterização de quem são esses mortos, de que há o envolvimento deles em algum crime”. (Com informações da Agência Brasil)

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