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Após polêmica, presidente filipino nega ter se comparado a Hitler

Nesta sexta-feira, Duterte disse a repórteres que havia sido "retratado como um primo de Hitler" por críticos (Foto: AP)

O porta-voz do presidente filipino, Rodrigo Duterte, saiu em sua defesa neste sábado (01) após a controversa causada pelo líder do país asiático ao dizer que “ficaria feliz” em exterminar 3 milhões de usuários de drogas e traficantes no país.

As declarações de Duterte sobre a morte de traficantes e usuários de drogas nas Filipinas sob seu governo e o genocídio de judeus no Holocausto foram “duas coisas completamente diferentes”, disse seu porta-voz, Ernesto Abella, em um dos dois comunicados divulgados neste sábado – nenhum deles com qualquer tipo de pedido de desculpas.

“A referência do presidente ao assassinato foi um desvio oblíquo do modo como ele tem sido retratado, como um assassino em massa, um Hitler, um rótulo que ele rejeita”, disse Abella. “Ele então chega a uma conclusão oblíqua de que, enquanto o Holocausto foi uma tentativa de exterminar futuras gerações de judeus, as chamadas ‘mortes extrajudiciais’ erroneamente atribuídas a ele vão resultar na salvação da próxima geração de filipinos”, completou.

Nesta sexta-feira (30), Duterte disse a repórteres que havia sido “retratado como um primo de Hitler” por críticos. Observando que Hitler assassinou milhões de judeus, o presidente afirmou: “Existem 3 milhões de viciados em drogas (nas Filipinas). Eu ficaria feliz de massacrá-los”.

“Se a Alemanha teve Hitler, as Filipinas teriam”, disse ele, fazendo uma pausa e apontando para si mesmo. “Vocês conhecem minhas vítimas. Eu gostaria que fossem todas criminosas para encerrar o problema do meu país e salvar a próxima geração da perdição”. (Folhapress)

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