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Após vitória, o primeiro-ministro britânico pede unidade para “curar” as divisões provocadas pela saída do Reino Unido da União Europeia

O primeiro-ministro Boris Johnson ganhou de maneira avassaladora as eleições britânicas. (Foto: Reprodução/Twitter/@10DowningStreet)

Horas após ganhar de maneira avassaladora as eleições britânicas, o primeiro-ministro Boris Johnson pediu unidade para curar as divisões provocadas pelo brexit e que despedaçaram o Reino Unido. Rosto da campanha vitoriosa em 2016 para a saída do país da União Europeia (UE), Boris disputou o pleito parlamentar sob o slogan “vamos resolver o brexit”, com a promessa de acabar com o impasse e de gastar mais com as áreas de saúde, educação e segurança. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Resultados dos 650 distritos britânicos deram ao Partido Conservador a conquista de 365 assentos na Casa dos Comuns, contra 203 do Partido Trabalhista. Foi a vitória mais expressiva da legenda de Boris desde 1987.

“Sinceramente, peço a todos os lados que, após três anos e meio, um argumento cada vez mais árido, encontrem uma conclusão e deixem o processo de cura começar”, disse o premiê do lado de fora de Downing Street, sede do governo britânico.

“Eu sei que, depois de cinco semanas, francamente, de eleições, este país merece uma pausa nas discussões, uma pausa na política e uma pausa permanente nas conversas sobre o brexit.”

Os trabalhistas tiveram sua pior derrota nas eleições desde 1935. A vitória conservadora de Boris marcou o fracasso final dos oponentes do brexit, que provocaram alguns dos maiores protestos na história britânica recente.

Encorajado pela vitória, Boris dirigiu-se diretamente aos oponentes do brexit. “Quero falar também com aqueles que não votaram em nós ou em mim e que queriam e talvez ainda querem permanecer na UE. Quero que você saiba que nós, neste governo conservador de uma nação, nunca ignoraremos seus sentimentos bons e positivos de calor e simpatia em relação às nações da Europa”, falou.

“Porque agora é o momento, exatamente quando deixamos a UE, de deixar que esses sentimentos naturais encontrem expressão renovada na construção de uma nova parceria, que é um dos grandes projetos para o próximo ano”, disse ele, acrescentando que quer trabalhar com a UE como “amigos e soberano iguais”.

Mas o brexit está longe de terminar.

Ele enfrenta a difícil tarefa de negociar um acordo comercial com o bloco europeu, possivelmente em apenas 11 meses, enquanto também negocia outro acordo comercial com o presidente dos EUA, Donald Trump.

O resultado das negociações moldará o futuro de uma economia de US$ 2,7 trilhões. Depois de 31 de janeiro, o Reino Unido entrará em um período de transição durante o qual negociará um novo relacionamento com os 27 países restantes da UE.

Esse período de transição pode durar até o final de dezembro de 2022 sob as regras atuais, mas os conservadores fizeram uma promessa eleitoral de não estendê-lo além do final de 2020.

 

 

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