A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a juíza Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro na 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, também seja, a exemplo de Moro, considerada parcial em relação ao ex-presidente.
A aposta da defesa, com esse tipo de iniciativa, é que a Segunda Turma do STF vai declarar Moro, agora ex-juiz e ministro da Justiça do governo Bolsonaro, parcial para julgar Lula. A informação é do blog do jornalista Guilherme Amado, da Revista Época.
No entanto, ainda não está claro, no caso de os processos de Lula retroagirem à primeira instância de Curitiba, se eles seriam distribuídos para Hardt ou para Luiz Antonio Bonat, o titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Isolado no aniversário
Neste domingo, 27, foi aniversário de 74 anos do ex-presidente. Segundo o blog da jornalista Bela Megale, o petista ficou isolado por determinação da Superintendência da Polícia Federal do Panará. O motivo: o prédio onde Lula está detido passará por uma dedetização, o que impede o acesso aos presos.
Nesta segunda (28), o ponto é facultativo por causa do Dia do Servidor Público. Os advogados do petista foram informados que não haverá expediente, mas estão tentando reverter a situação. Do lado de fora do prédio, é feita uma vigília com shows, lançamento de livro, samba e parabéns com bolo de 74 metros.
Atos pelo Brasil
Pelo Brasil, militantes petistas e simpatizantes da campanha “Lula Livre” promoveram eventos pelo aniversário do ex-presidente. Lula nasceu em 27 de outubro de 1945 na cidade pernambucana de Caetés.
O jornal Correio Braziliense destacou que os atos comemorativos começaram na última quinta-feira (24). Bancas para coleta de assinaturas para a campanha Lula Livre” foram espalhadas por vários pontos das principais cidade do país, especialmente em São Paulo, berço do petismo. As comemorações terminam na terça (29) com um ato na frente do Ministério Público de Jundiaí, cidade do interior paulista.
Julgamento
O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, decidiu, nesta sexta-feira, 25, manter a data do julgamento de uma questão de ordem que pode anular a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do sítio em Atibaia (SP). Em fevereiro, a juíza federal Gabriela Hardt condenou o ex-presidente a 12 anos e 11 meses de prisão no caso.
Na quarta-feira 30, Gebran Neto, relator do caso, vai levar para julgamento no colegiado a discussão sobre a anulação da sentença de Lula. O debate foi motivado pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu o direito de advogados de delatados poderem apresentar as alegações finais, última fase antes da sentença, após a manifestação da defesa dos delatores. A questão pode anular várias sentenças da Operação Lava Jato.

