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Apuração aponta rede de contas para propinas na Suíça

O hedge cambial é um contrato que dá o direito de comprar ou vender moeda estrangeira no futuro por um valor combinado previamente. (Foto: Reprodução)

Ex-diretores da Petrobras mantiveram na Suíça, segundo apontam autoridades do país, uma rede de contas em mais de uma dezena de bancos, o que permitiu a movimentação por anos de propinas a diversos beneficiários. A primeira delas teria sido aberta em 1997.

Segundo as investigações na Suíça, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque mantinha uma offshore, a Drenos, e a partir dessa conta distribuía pagamentos.
Ele também controlava outra conta no banco Julius Baer. Já o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco abriu um total de 19 contas em nove bancos na Suíça para receber propinas.

As investigações apontam que Barusco criou uma offshore, a Tropez Real State, e uma conta em seu nome, em 2004. Dez anos depois, essa conta foi fechada com 13,5 milhões de dólares. Desse total, 8,7 milhões de dólares eram de propinas, principalmente da empresa holandesa SBM. Em março de 2014, ele tentou fazer mais uma série de transferências.

Mas com as investigações já em andamento, os suíços o impediram e bloquearam os valores.

Barusco ainda indicou que, para a abertura das contas na Suíça, utilizou os serviços do mesmo intermediário que teria ajudado Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e que teve 23 milhões de dólares bloqueados.

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