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Aquário em Foz do Iguaçu quer atrair 500 mil visitantes

Projeto nasceu há cinco anos, durante a pandemia, e teve investimento total de R$ 140 milhões. (Foto: Reprodução)

Sob o turbilhão das Cataratas do Iguaçu, visitadas anualmente por 2 milhões de pessoas, em Foz do Iguaçu, no Paraná, existe um ecossistema invisível para quem, mesmo de perto, observa a força das águas. Recém-inaugurado, o AquaFoz é o segundo maior aquário da América Latina em tanques mistos (água doce e salgada), atrás do AquaRio, no Rio de Janeiro.

Em 28 recintos, com 3,3 milhões de litros d’água, o aquário na Tríplice Fronteira reproduz com fidelidade científica e cenográfica ecossistemas de rios e mares. Entre os habitantes do local estão tubarões-lixa, galha-branca, leopardo, bambu e freycineti, além de raias, baiacus, dourados, peixes-palhaço, cavalos-marinhos e piranhas.

“As pessoas vêm para Foz do Iguaçu principalmente para ver as belezas das Cataratas, um patrimônio mundial natural pela Unesco, mas não fazem ideia do que tem embaixo daquela água. Agora poderão entender toda essa dinâmica. E é uma história bonita que temos para contar”, afirma o CEO do Grupo Cataratas, Pablo Morbis, responsável pelo AquaFoz.

Segundo ele, o aquário – próximo do Parque Nacional do Iguaçu – permitirá ao visitante percorrer um trajeto a partir do Rio Iguaçu, que nasce na região de Curitiba, e corta o Estado até se encontrar com o Rio Paraná, próximo do Marco das Três Fronteiras (Brasil, Paraguai e Argentina). De lá, as águas seguem rumo ao Oceano Atlântico, passando por lugares como Buenos Aires e Montevidéu.

“Tudo isso está conectado. Existe uma vida aquática muito grande nesses rios. No Iguaçu, 70% das espécies são endêmicas, só vivem ali”, explica ele. “Toda a conservação marinha e questões como temperatura da água, elevação do nível dos oceanos, tão em voga atualmente, ‘no fim do dia’, isso começa numa nascente de rio. É preciso conscientizar as pessoas da conexão entre rios e mares”, afirma o CEO.

Mais de 300 espécies estão presentes nos 28 aquários, que abrigam mais de 10 mil animais. O Tanque Oceânico, que acolhe espécies marinhas, tem capacidade para 2 milhões de litros de água, volume superior à vazão normal das Cataratas do Iguaçu. De Israel foram importadas 18 toneladas de um sal específico para poder criar o ambiente correto para os animais marinhos.

A equipe técnica tem cerca de 60 profissionais de diferentes áreas, como medicina veterinária, zootecnia, biologia e engenharia de aquicultura. Exames médicos e alguns tipos de cirurgias também podem ser realizados no local.

O projeto nasceu há cinco anos, em plena pandemia da covid-19, e teve investimento total de R$ 140 milhões. Agora em funcionamento, ele gera 400 empregos diretos e indiretos. A expectativa para o primeiro ano é de que cerca de meio milhão de pessoas visitem o local, número que pode chegar a 800 mil visitantes no prazo de três a cinco anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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