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A Argentina mantém barreiras nas importações do Brasil, diz a indústria brasileira

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, venceu as eleições legislativas e se sentiu com apoio para enviar à análise dos parlamentares a reforma tributária, encalhada há três décadas. (Foto: Reprodução)

O governo do argentino Mauricio Macri arrefeceu seu “ímpeto reformista” no comércio exterior, fazendo com que a tarefa de exportar para o país vizinho siga penosa para os empresários brasileiros. É o que nota a CNI (Confederação Nacional da Indústria) no documento “Agenda Internacional”, que será lançado nesta quarta-feira.

O relatório lista as medidas necessárias, na visão de líderes empresariais, para que as vendas da indústria brasileira no exterior cresçam. E indica os temas para os quais a CNI direcionará seu lobby no governo neste ano.

O aparente recuo na atitude do governo argentino — que eliminou barreiras à importação, mas criou outras — frustrou as expectativas da indústria. “Exportadores brasileiros ainda registram queixas de demora no processo de liberação de mercadorias”, afirma o documento.

No entanto, a entidade nota que, apesar das restrições, as exportações para a Argentina cresceram quase 5% em 2016, após dois anos de quedas. Por causa do potencial de crescimento, a melhoria no comércio com os argentinos está entre as prioridades para o setor da indústria neste ano.

A aposta da CNI é que a decisão de suspender os direitos da Venezuela no bloco possa liberar os países-membros a se debruçar sobre a agenda econômica. Os líderes empresariais voltarão a insistir com o governo sobre a necessidade de o país fechar acordos comerciais.

O tema ganha novo apelo diante do crescimento do discurso protecionista no mundo e da aplicação de medidas contra produtos brasileiros. (Folhapress)

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