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Articulação política do governo irá melhorar com a entrada do novo ministro, diz Bolsonaro

(Foto: Divulgação)

Em meio à mudança na pasta da Secretaria de Governo, que agora será comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (18) que a articulação política do governo também ficará com o novo ministro e que a área irá melhorar.

“Ramos é uma pessoa que politicamente tem tudo para nos ajudar, além da competência dele no trabalho normal que vai ser na Segov [Secretaria de Governo]”, afirmou.

Quando perguntado sobre como a articulação política irá mudar, Bolsonaro respondeu que será “com ele [Ramos] também”. “Vai ser com ele também. Lógico que vai melhorar a articulação política, tudo pode melhorar nessa vida”, disse.

Após sofrer várias derrotas no Congresso, Bolsonaro fará mudanças no modelo da articulação política do Palácio do Planalto. A ideia é transferir a Subchefia de Assuntos Parlamentares, hoje abrigada na Casa Civil, para a Secretaria de Governo, agora sob o comando de Ramos. Antes dele, o ministro da pasta era o general Carlos Alberto Santos Cruz, que foi demitido por Bolsonaro na semana passada.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu a Bolsonaro que puxe o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, para a coordenação política da sua equipe. Ex-deputado do PSDB, Marinho é considerado por seus pares como um hábil negociador e, até a votação da reforma da Previdência, poderia acumular as funções.

Funai

Apontado pelo ex-presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), general Franklimberg Ribeiro de Freitas, como o principal articulador da sua saída do órgão indígena, o secretário especial de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia, disse que o general foi demitido porque “é um jogador incompetente”.

Ao deixar o comando da Funai, na semana passada, Franklimberg afirmou que Nabhan “saliva ódio aos indígenas”. O secretário rebateu as declarações do general. “É mentira. Estou pensando em processá-lo por calúnia”, respondeu.

Nabhan disse ainda que o líder indígena Raoni não foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro porque o cacique “é uma farsa” e “não representa índio”. O secretário defende mudanças na política indígena do País, já que hoje, segundo ele, o índio vive “como um bicho, um subnutrido, em condições desumanas”. Nabhan, à frente da secretaria vinculada ao Ministério da Agricultura, paralisou processos de demarcação de terras indígenas e disse que é preciso banir ONGs das relações com os índios.

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