Cientistas da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia (EUA) encontraram uma cepa de bactérias que pode proteger contra câncer de pele. A S. epidermidis, comum na pele humana saudável, exerceria uma habilidade seletiva de inibir o crescimento de alguns tipos de tumores. Isso porque, essa variedade de micro-organismos produz uma substância química capaz de matar diversos tipos de células cancerosas, não parecendo ser tóxica para as células normais. As informações são do blog Viva Bem, do portal de notícias UOL.
No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 9% da nossa população é acometida por algum tipo de pré-câncer ou câncer de pele. A causa mais importante para o desenvolvimento da doença é a exposição aos raios ultravioleta emitidos pelo sol. Durante a pesquisa, o câncer de pele foi induzido com a ajuda de raios UV em camundongos com S. epidermidis. E os cientistas descobriram que essa cepa produz 6-N-hidroxiaminopurina (6-HAP), que é uma molécula inibidora da síntese de DNA. Ao fazê-lo, o 6-HAP tem o potencial de impedir que as células tumorais transformadas se espalhem.
Após isso, foram comparados o efeito de raios UV cancerígenos em dois grupos de camundongos, incluindo roedores em que o S. epidermidis produziu 6-HAP, e outros em que a bactéria não gerou o composto benéfico. Comparados com o grupo controle, os camundongos de intervenção tiveram uma redução de 50% no tamanho do tumor. E o mais importante: não experimentaram efeitos colaterais tóxicos. No entanto, ainda são necessários mais estudos para os cientistas entenderem completamente como o 6-HAP é produzido e para determinar se uma redução nesse produto químico realmente elevaria o risco de câncer de pele em seres humanos ou se o efeito é apenas preventivo.