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As chuvas devem retornar ao Rio Grande do Sul nas próximas semanas, aliviando os efeitos da estiagem

Representantes do setor agrícola já entregaram lista de pedidos ao governo do Estado. (Foto: Divulgação/Defesa Civil)

As chuvas devem retornar ao Rio Grande do Sul nas próximas semanas, contribuindo para o fim da estiagem e do avanço dos prejuízos à agricultura em diversas regiões do território gaúcho. Essa projeção consta em um relatório técnico publicado em conjunto pela Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural), Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) e Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural).

Para fevereiro, a tendência é de que as precipitações voltem dentro da média histórica, porém ligeiramente abaixo do normal na Região da Campanha e em áreas próximas à fronteira com o Uruguai. “Este novo cenário não indica um agravamento da situação”, ressalta o secretário em exercício da Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez. “Mesmo assim, o Estado continuará com as medidas já anunciadas para aliviar os efeitos da estiagem.”

O documento sobre a falta de chuva e seus impactos ao setor foi apresentado nessa quinta-feira, no Palácio Piratini, a representantes das Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul), Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), Fecoagro (Federação das Cooperativas Agropecuárias) e Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul).

Com periodicidade semanal, o relatório tem por objetivo proporcionar aos agentes do setor uma avaliação de fatores como condições meteorológicas, situação atual das culturas de verão (olerícolas, frutíferas, pecuárias de corte e de leite), perdas contabilizadas nos municípios que decretaram estado de emergência e previsão meteorológica, além das tendência para fevereiro.

De acordo com o governo gaúcho, as principais ações adotadas pelo Executivo abrangem a contratação de empresas para a perfuração de 20 poços em áreas com extrema restrição hídrica e a realocação de recursos para o programa “Troca-Troca de Sementes”, a fim de antecipar a semeadura de forrageiras.

Pedidos

Na tarde da última terça-feira, dirigentes da Farsul, Famurs, Fetag e Fecoagro entregaram ao governador Eduardo Leite um ofício com a lista de medidas que consideram necessárias para amenizar as perdas dos produtores em decorrência da estiagem que afeta o Estado. A Farsul foi representada pelo seu diretor Financeiro, José Alcindo de Souza Ávila.

O documento inclui um pedido de apoio para as demandas do setor em âmbito Federal, junto aos Ministérios. Dentre as solicitações estão a prorrogação das dívidas e de parcelas dos produtores rurais com vencimento previsto para este ano, a repactuação de valores de crédito agropecuário e a criação de linhas de crédito para cooperativas, empresas e fornecedores, bem como a renegociação das dívidas que os produtores tenham com elas.

Também constam no documento a sugestão para que seja criada uma linha de crédito emergencial para agricultores familiares, a ampliação do zoneamento do plantio da soja (para 31 de janeiro) e do milho (para 29 de fevereiro), dentre outras. Conforme o site do Palácio Pirati, o chefe do Executivo gaúcho se mostrou receptivo à proposta.

(Marcello Campos)

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