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As contas do governo federal tiveram um déficit de mais de 11 bilhões de reais em maio

Estimativa foi apresentada na proposta de orçamento do ano que vem, enviada ao Congresso. (Foto: Reprodução)

As contas públicas registraram um déficit de 11,02 bilhões de reais em maio, rombo 63,5% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, descontada a inflação. As informações são do jornal Folha de S.Paulo e da Agência Brasil.

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Tesouro Nacional, as receitas líquidas do governo tiveram uma alta de 9,8% no mês, na comparação com maio de 2017, alcançando R$ 87,76 bilhões. Por outro lado, as despesas tiveram uma queda real de 7,2%, ficando em R$ 102,28 bilhões.

“O déficit foi melhor que o esperado. Claro que em uma economia com um deficit tão grande, ninguém pode ficar feliz com o resultado”, disse o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida.

De acordo com o Tesouro, o resultado é melhor do que o esperado e reflete fatores positivos tanto no campo da receita, quanto nas despesas. Entre os fatores que contribuíram positivamente para o resultado está a antecipação do pagamento pelo governo de precatórios e sentenças judiciais, que neste ano foram feitas em março e abril. No ano passado, esses pagamentos foram feitos em maio e junho.

O resultado do mês passado também sofreu impacto do resgate de R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano.

Os números se referem às contas do governo central, que incluem os resultados do Tesouro, do Banco Central e da Previdência. Nos primeiros cinco meses do ano, o déficit primário chega a R$ 16,45 bilhões.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, o rombo nas contas públicas está em R$ 106,19 bilhões. A meta fiscal para este ano é de um déficit de R$ 159 bilhões.

De acordo com o Tesouro, os dados ainda não trazem reflexos do aumento das despesas decorrente do programa de subsídios ao diesel, fruto do acordo feito pelo governo com o objetivo de encerrar a paralisação dos caminhoneiros.

Previdência

Apesar da melhoria do desempenho das contas públicas, a Previdência Social registrou déficit de R$ 76,308 bilhões de janeiro a maio, valor recorde para o período. O rombo foi parcialmente compensado pelo superávit de R$ 59,860 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central.

Em relação às despesas, os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) aumentaram 12,2% acima da inflação. Infladas pelos precatórios, as despesas com a Previdência Social subiram 3,1%, e os gastos com o funcionalismo federal aumentaram 1,1%, descontado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O maior crescimento, no entanto, ocorreu com os investimentos federais (obras públicas e compra de equipamentos), que somaram R$ 15,673 bilhões de janeiro a maio, com alta de 24,4% em relação aos mesmos meses do ano passado acima da inflação. Os gastos do principal programa federal de investimentos, no entanto, estão caindo. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) executou R$ 7,316 bilhões nos cinco primeiros meses de 2018, recuo de 11,3% em relação ao ano passado descontado o IPCA.

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