Ícone do site Jornal O Sul

As críticas ao conteúdo dos novos currículos para escolas brasileiras, a chamada Base Nacional Comum Curricular, vão muito além da parte dedicada ao ensino de História

Regras gramaticais só são ensinadas de forma clara até o 3º ano do ensino fundamental. (Foto: Paulo Pinto/AE)

As críticas ao conteúdo dos novos currículos para escolas brasileiras, a chamada Base Nacional Comum Curricular, vão muito além da parte dedicada ao ensino de história. Em português, o Ministério da Educação já decidiu que o texto final do currículo deverá ter mais conteúdos de gramática.

Isso porque, no documento atual, que foi submetido à consulta pública e já recebeu mais de 9,8 milhões de sugestões, as regras gramaticais só são ensinadas de forma clara até o 3 ano do ensino fundamental. Também no currículo de matemática problemas têm sido apontados por especialistas. O conceito de fração, por exemplo, é ensinado só no 4 ano no texto em debate, mas estudos mostram que o tema deve ser abordado ainda na pré-escola. “Já se sabe que, no ensino da matemática, o estudo da ideia da parte pelo todo [fração] é fundamental e deve ser introduzido cedo. Entrar neste conteúdo tardiamente cria uma dificuldade imensa para o aluno”, diz Paula Louzano, pós-doutoranda da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, que estuda currículos nacionais do mundo.

Linguagem

No campo da linguagem, segundo a especialista, os problemas são ainda maiores. Além de preterir as habilidades ligadas à gramática a partir do 3 ano, falta especificar no currículo a complexidade de texto a ser trabalhada com os alunos de cada etapa. (Renata Mariz/AG)

Sair da versão mobile