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Brasil As empresas estatais passaram por um processo de encolhimento com redução do total de funcionários e reversão de um quadro de prejuízos, enxugamento que visa à privatização

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Bolsonaro ressaltou que só tomará decisão quando receber proposta. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

As empresas estatais passaram por um processo de encolhimento nos últimos quatro anos, com redução do total de funcionários e reversão de um quadro de prejuízos, enxugamento que visa à privatização. Por outro lado, elas também estão investindo menos. Balanço elaborado pelo Ministério da Economia revela que os investimentos executados pelas empresas públicas caíram de 19,7% do orçamento das companhias no primeiro trimestre de 2016 para apenas 6,7% no mesmo período de 2019. As informações são do jornal O Globo.

No grupo Petrobras, por exemplo, a queda do investimento foi de 21,6% para 6,7% no período, chegando a R$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano. No grupo Eletrobras, a taxa caiu de 15,6% para 8% entre 2016 e 2019, ficando em R$ 400 milhões entre janeiro e março.

Essas são as duas principais empresas públicas do Brasil. A Petrobras está passando por um amplo processo de desinvestimento e venda de ativos. A Eletrobras também quer vender suas participações em empreendimentos e está na lista de privatizações que o governo pretende fazer.

“As empresas estavam muito alavancadas. Agora, estamos refluindo. Para passar por um novo ciclo de privatização, é importante que as estatais estejam mais eficientes”, diz o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Economia, Fernando Soares, reconhecendo que a consequência é a redução do orçamento de investimentos.

Segundo a economista Elena Landau, especialista em privatizações, essa retração nos investimentos não é necessariamente algo negativo. Mas ela destaca que as estatais ainda têm um endividamento muito elevado. Em 2015, por exemplo, era de R$ 544 bilhões. No primeiro trimestre de 2019, chegou a R$ 367 bilhões. A Petrobras, sozinha, deve R$ 307 bilhões. O dólar mais barato também ajudou na redução, já que parte da dívida foi contraída no exterior.

Menos empresas

O número total de estatais, hoje, é de 130. Em 2016, eram 154. De lá para cá, houve, por exemplo, a venda de distribuidoras de energia da Eletrobras. Só este ano, saíram da lista a TAG (Transportadora Associada de Gás), a BR Distribuidora, a Stratura, que faz parte do grupo BR, e a BBTur, que foi fechada.

O resultado líquido das empresas públicas teve um salto de R$ 100 bilhões em quatro anos. Saiu de um rombo total de R$ 32 bilhões em 2015 para um lucro de R$ 71 bilhões no ano passado. Até mesmo as estatais dependentes do Tesouro Nacional tiveram resultado positivo no ano passado, segundo o balanço do governo. Essas empresas somaram R$ 1,4 bilhão de lucro, contra um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no ano anterior.

E, com programas de demissão voluntária, o quadro de pessoal caiu de 554.834 para 492.460 entre 2014 e 2019. A maior queda foi nos Correios, seguidos por Banco do Brasil.

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https://www.osul.com.br/as-empresas-estatais-passaram-por-um-processo-de-encolhimento-com-reducao-do-total-de-funcionarios-e-reversao-de-um-quadro-de-prejuizos-enxugamento-que-visa-a-privatizacao/ As empresas estatais passaram por um processo de encolhimento com redução do total de funcionários e reversão de um quadro de prejuízos, enxugamento que visa à privatização 2019-08-01
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