As forças de segurança realizam escolta de caminhões-tanque para garantir abastecimento de combustível em ao menos seis Estados, além do Distrito Federal. No domingo (27), pelo sétimo dia consecutivo, caminhoneiros ainda faziam manifestações pelo País, dando continuidade à mobilização contra a disparada do preço do diesel, que faz parte da política de preços da Petrobras em vigor desde julho de 2017.
Na sexta-feira (25), o presidente Michel Temer afirmou ter acionado forças federais para desbloquear estradas ocupadas por caminhoneiros em greve. No sábado (26), aeroportos pelo Brasil começaram a receber novos estoques de combustível. Para chegar até o destino, caminhões-tanque precisaram ser escoltados por forças de segurança em pelo menos quatro Estados. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que, apesar das manifestações, há nas rodovias corredores para a circulação de transporte de animais vivos, gêneros alimentícios, equipamentos essenciais, medicamentos, combustíveis e outras cargas consideradas sensíveis.
Os policiais rodoviários federais garantem também que há apoio aos manifestantes durante as desmobilizações no intuito de garantir a segurança de todos os usuários das rodovias federais. No início da manhã de sábado, eram 387 pontos bloqueados e 132 liberados. Mas no decorrer do dia, a PRF apresentou novos índices. No início da tarde, a PRF informou que o número de pontos de manifestações identificados em rodovias federais tinha aumentado de 938, registrados na sexta, para 1.140.
Desse total de 1.140 identificados, 544 pontos foram liberados ainda no sábado. Entretanto, o número de pontos que continuavam bloqueados, ainda que parcialmente, de sexta para sábado aumentou, de 519 para 596 – ou 52% do total de trechos com alguma manifestação. Segundo a PRF, esse número tem alta toda vez que há uma dispersão, pois grupos tendem a se espalhar e acabam interferindo em outros pontos.
Reivindicações
Os manifestantes querem desconto de 10% no valor do diesel que será cobrado na bomba, a ampliação desta redução de 30 para 60 dias e o fim da suspensão da cobrança de tarifa de pedágio para eixo elevado dos caminhões para todo o País.
As reivindicações dos caminhoneiros, identificados como líderes do movimento, foram apresentadas ao ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Marun, na noite de sábado, após mais de duas horas de reunião, na sede do governo paulista, com o ministro e o governador de São Paulo, Márcio França (PSB).
Ao longo de domingo, Marun e ministros de várias áreas se reúnem no Palácio do Planalto, no gabinete de gestão de crise, na tentativa de encerrar a paralisação. No sábado o dia também foi de reuniões, no Palácio do Planalto. Segundo nota divulgada pelo governo paulista, as reivindicações serão discutidas em Brasília.
