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As primeiras denúncias oferecidas contra o senador Fernando Collor e o deputado Eduardo Cunha deverão ser analisadas e, caso recebidas, ambos os parlamentares se tornarão oficialmente réus

Teori Zavascki é o ministro-relator dos processos da Lava-Jato no Supremo. (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

Em 2015, o STF (Supremo Tribunal Federal) esteve no centro do debate político brasileiro, sobretudo pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato e pelos questionamentos do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Os primeiros dias deste mês, com as novas revelações da Lava-Jato, mostram que não será diferente em 2016.

Os inquéritos relacionados à operação poderão sofrer avanços significativos. Neste ano, as primeiras denúncias oferecidas contra o senador Fernando Collor (PTB-AL) e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deverão ser analisadas e, caso sejam recebidas, ambos os parlamentares se tornarão oficialmente réus. Isso pode vir a estimular as Comissões de Ética a analisar uma possível quebra de decoro e até eventual perda de mandato.

Os demais deputados e senadores investigados, dado o volume de diligências realizadas sob a supervisão do ministro-relator do STF, Teori Zavascki, também devem ter definidos os seus destinos pelo tribunal, ainda mais se levado em conta que a demora injustificada na apuração não só prejudica os investigados, como pode permitir a ocorrência da prescrição, uma prova da ineficiência da Justiça.

Já o processo de impeachment deve continuar repercutindo na Corte. Para o Supremo, 2016 promete. (AE)

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