Em julho de 2018, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista nacional variou -0,5% frente a junho, terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando assim perda de 2,3% nesse período. Com isso, a média móvel do trimestre encerrado em julho (-0,8%) intensifica o ritmo de queda em relação ao trimestre encerrado em junho (-0,2%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na série sem ajuste sazonal, as vendas recuaram 1% em relação a julho de 2017, interrompendo sequência de 15 taxas positivas seguidas e com cinco das oito atividades registrando queda. No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o volume de vendas registrou avanço de 2,3%, porém foi acompanhado somente por três das oito atividades. O acumulado em 12 meses passou de 3,6% em junho para 3,2% em julho, sinalizando perda de ritmo nas vendas.
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 0,4% em relação a junho de 2018, após expansão de 2,5% registrada no mês anterior.
A média móvel trimestral ficou em -1,1% no trimestre encerrado em julho, sinalizando acentuação no ritmo de queda, quando comparada à média móvel no trimestre encerrado em junho (-0,4%). Frente a julho de 2017, as vendas avançaram 3%, 15ª taxa positiva consecutiva. Ainda assim, o acumulado nos últimos 12 meses passou de 6,7% em junho para 6,5% até julho.
Atividades pesquisadas
Frente a junho de 2018, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas recuou 0,5%, alcançando cinco das oito atividades pesquisadas. Destaque para a pressão negativa exercida pelos setores de móveis e eletrodomésticos (-4,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,5%) e tecidos, vestuário e calçados (-1%), setores que juntos pesam 30,0% do total do varejo.
Ainda com queda em relação a junho de 2018, figuram: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%). Por outro lado, com avanço nas vendas na passagem de junho para julho, destacam-se hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7%) e combustíveis e lubrificantes (0,4%), setores que devolveram, em julho, parte das perdas registradas no mês anterior, respectivamente, de -3,6% e -1,9%, enquanto as vendas do segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%) praticamente ficaram estáveis nessa comparação.
Na comparação com julho de 2017, na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista recuou 1% com cinco das oito atividades registrando queda nas vendas. Vale destacar a influência da base de comparação elevada, considerando a liberação de recursos do FGTS, ocorrida entre março e julho de 2017.
Os principais destaques negativos, por ordem de contribuição na formação da taxa global do varejo, vieram de combustíveis e lubrificantes (- 9,2%), móveis e eletrodomésticos (-6,9%) e tecidos, vestuário e calçados (-8,4%), seguidos por livros, jornais, revistas e papelaria (-10,1%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,3%).