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As vendas do comércio brasileiro registraram alta de 2,3% em 2018

Na comparação com maio de 2019, houve queda de 7,2%. (Foto: Divulgação)

As vendas do comércio varejista brasileiro registraram alta de 2,3% no ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em dezembro de 2018, o comércio varejista nacional caiu 2,2% frente a novembro, na série com ajuste sazonal, descontando grande parte do avanço de 3,1% registrado no mês anterior. Em relação a dezembro de 2017, o volume de vendas cresceu 0,6%.

De acordo com Isabella Nunes, gerente da pesquisa, para o fechamento de ano, foi a maior alta em 5 anos. “Desde 2013, quando acumulou alta de 4,3%, o comércio não tinha desempenho tão elevado”, afirmou. Segundo ela, foi o pior resultado mensal desde janeiro de 2016, quando o volume de vendas do comércio varejista caiu 2,5% Ela destacou ainda que foi o pior dezembro da série histórica da pesquisa, iniciada em 2001, na comparação contra o mês imediatamente anterior.

Perspectivas

Com o desemprego ainda elevado, a economia brasileira tem mostrado um ritmo de recuperação ainda lento. Segundo levantamento da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a confiança do comércio recuou em janeiro, com os empresários otimistas com a evolução das vendas nos próximos meses, mas ainda cautelosos com a situação atual da economia. Já a confiança do consumidor avançou para o maior nível desde fevereiro de 2014.

A economia brasileira avançou 0,8% no 3º trimestre. Para o ano de 2019, a expectativa é de uma alta de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo a mais recente pesquisa Focus realizada pelo Banco Central.

Cinco das oito atividades têm queda de novembro para dezembro

A queda de 2,2% no volume de vendas do comércio varejista, na passagem de novembro para dezembro de 2018, série com ajuste sazonal, foi acompanhada de resultados negativos em cinco das oito atividades pesquisadas.

Os recuos que mais influenciaram o resultado de dezembro vieram de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,1%), Móveis e eletrodomésticos (-5,1%) e Tecidos, vestuário e calçados (-3,7%). Esses setores mostraram altas acentuadas em novembro (8,3%, 4,2% e 1,7%, respectivamente), principalmente, devido às promoções da Black Friday.

Ainda nessa comparação, o setor de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação teve queda nas vendas (-5,5%), quarta taxa negativa consecutiva, enquanto que Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve relativa estabilidade (-0,3%), após acumular alta de 2,0% nos dois meses anteriores.

Por outro lado, com avanço nas vendas frente a novembro, destacam-se Livros, jornais, revistas e papelaria (5,7%), Combustíveis e lubrificantes (1,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,4%).

O volume das vendas do comércio varejista ampliado caiu 1,7% em relação a novembro. As vendas de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção recuaram -2,0% e -0,4%, respectivamente.

Em dezembro de 2018, frente a igual mês do ano anterior, o comércio varejista avançou 0,6% com taxas positivas concentradas em três das oito atividades investigadas.

Os destaques, por ordem de contribuição positiva na formação da taxa global do varejo, foram para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%), setor de maior peso na estrutura do varejo, seguido por Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,2%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%).

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