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Ataques aéreos, controle de campos de petróleo e captura de Maduro: Quais as opções de Trump para ação militar na Venezuela

Autoridades de segurança nacional afirmam, no entanto, que, se tais operações realmente pudessem depor Maduro, ele já teria caído há anos. (Foto: Reprodução)

A autorização concedida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a CIA (agência de inteligência norte-americana) opere dentro das fronteiras da Venezuela poderia permitir que a agência realizasse uma série de atividades, desde operações de informação e fomento da oposição a Nicolás Maduro até a sabotagem ativa de seu governo – e até mesmo a captura do próprio líder. No entanto, autoridades de segurança nacional afirmam que, se tais operações realmente pudessem depor Maduro, ele já teria caído há anos. É por isso que a Casa Branca está considerando uma ação militar no país sul-americano, e as propostas em discussão se dividem em três grandes categorias.

– Apoio militar minado: A primeira opção envolveria ataques aéreos contra instalações militares venezuelanas, algumas das quais poderiam estar envolvidas no tráfico de drogas, com o objetivo de minar o apoio militar a Maduro.

Se Maduro acreditar que não está mais protegido, pode tentar fugir – ou, ao se deslocar pelo país, tornar-se mais vulnerável à captura, dizem as autoridades. Mas os críticos dessa abordagem alertam que ela poderia ter o efeito oposto, fortalecendo o apoio ao líder sitiado.

– Captura de Maduro: Uma segunda abordagem prevê o envio de forças de Operações Especiais dos Estados Unidos, como a Força Delta do Exército ou o SEAL Team 6 da Marinha (principal unidade de resgate de reféns e contraterrorismo), para tentar capturar ou matar Maduro.

Nessa opção, o governo Trump buscaria contornar as proibições contra o assassinato de líderes estrangeiros argumentando que Maduro é, antes de tudo, o chefe de uma quadrilha de narcoterroristas, uma extensão dos argumentos usados para justificar os ataques aéreos dos EUA contra embarcações que, segundo o governo, transportam drogas.

O Departamento de Estado oferece uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões) pela prisão ou condenação de Maduro. O governo Trump também pode argumentar que, como Maduro reprimiu a oposição e trabalhou para fraudar as eleições, ele não é o líder legítimo do país. O governo de Joe Biden se recusou a reconhecê-lo como presidente da Venezuela depois que ele declarou vitória no ano passado.

– Controle de campos de petróleo: Uma terceira opção envolve um plano muito mais complexo para enviar forças antiterroristas dos EUA a fim de assumir o controle de aeródromos e de pelo menos alguns dos campos de petróleo e infraestrutura da Venezuela.

Essas duas últimas opções acarretam riscos muito maiores para os comandos americanos em campo – sem falar dos civis – especialmente se o alvo fosse Maduro em um ambiente urbano como Caracas, a capital do país.

Trump tem se mostrado relutante em considerar ataques que possam colocar as tropas americanas em risco. Como resultado, muitos dos planos em desenvolvimento empregam drones navais e armas de longo alcance, opções que podem se mostrar mais viáveis quando o USS Ford e outros navios estiverem em operação. As informações são do jornal The New York Times.

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