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Atentado do Estado Islâmico em mesquita deixa pelo menos 55 mortos no Afeganistão

"Uma mulher não é uma propriedade, mas um ser humano nobre e livre", disse o principal porta-voz do Talibã. (Foto: Divulgação)

Pelo menos 55 pessoas morreram e 140 ficaram feridas, nesta sexta-feira (8), após uma explosão em uma mesquita xiita na cidade de Kunduz, no Nordeste do Afeganistão.

O porta-voz do Talibã em Kunduz, Matiullah Rouhani, informou que a explosão foi resultado de um ataque suicida, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

O EI, que realizou um ataque a outra mesquita de Cabul no último domingo — com cinco mortos — assumiu a responsabilidade pelo atentado em um de seus canais do Telegram.

De acordo com a organização extremista islâmica, o suicida era chamado de “Mohammed, o uigur”, o que implica que ele fazia parte de uma minoria muçulmana chinesa. Alguns de seus membros se uniram ao EI.

Mais cedo, Matiullah Rohani, autoridade regional do Talibã encarregado da Cultura e Informação, havia reportado que a explosão tinha sido provocada por um homem-bomba.

Este é o ataque mais mortal a atingir o Afeganistão desde a retirada das tropas americanas do país, em 30 de agosto.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou “nos termos mais enérgicos” o ataque, “o terceiro contra um edifício religioso em menos de uma semana”. “Os autores devem ser levados perante a justiça”, exigiu, em comunicado.

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