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Atividade industrial do Rio Grande do Sul é a mais baixa desde 2003

Segundo números inéditos da Serasa Experian, mais da metade dos 8,13 milhões de companhias em operação em abril tinha ao menos uma dívida em atraso (Foto: Banco de Dados)

O IDI-RS (Índice de Desempenho Industrial no Estado), divulgado pela Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), caiu 1,5% em julho na comparação com junho, ajustado sazonalmente. Essa foi a quarta retração seguida e a oitava nos últimos nove meses. Com isso, a atividade do setor fabril gaúcho no mês atingiu o nível mais baixo da série histórica, iniciada em 2003.

“Com a recessão econômica se aprofundando, ociosidade e estoques elevados, pressões de custos e aperto monetário e fiscal, a tendência é que o setor siga em trajetória negativa no restante do ano. Nesse cenário, como revelam os índices de confiança, também não há espaço para investimentos”, avaliou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.

No acumulado de janeiro a julho, o IDI-RS registrou queda de 8,1%, o pior resultado em seis anos. Nessa base de comparação, todos os componentes desaceleraram: compras industriais (-15,3%), faturamento (-10,2%), horas de produção (-7,9%), massa salarial (-6%), emprego (-5,3%) e utilização da capacidade instalada (-2,3%).

A contração anual é disseminada e atingiu 14 dos 17 setores. As principais influências negativas foram de veículos automotores (-22,%), móveis (-14,3%), máquinas e equipamentos (-14,2%), produtos de metal (-7,9%), químicos e refino de petróleo (-5,5%) e couros e calçados (-4,7%). Quando julho é relacionado com o mesmo mês do ano passado, a atividade das indústrias gaúchas apresenta recuo de 8,1%. Sob essa métrica, a sequência negativa atual (de 17 meses) está próxima de superar o mais longo ciclo recessivo já registrado: 19 meses entre março de 2005 e setembro de 2006.

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