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A atriz Diane Keaton defendeu Woody Allen da acusação de abuso: “Continuo acreditando nele”

Diane Keaton e Woody Allen em “Noivo neurótico, noiva nervosa”. (Foto: Divulgação)

A atriz Diane Keaton usou as redes sociais para defender o diretor Woody Allen, acusado pela filha Dylan Farrow de abuso sexual. “Woody Allen é meu amigo e continuo acreditando nele”, escreveu.

Keaton e Allen mantiveram uma intensa parceria profissional nos anos 1970 e chegaram a namorar. A atriz ganhou um Oscar por “Noivo neurótico, noiva nervosa” (1977), dirigido pelo cineasta.

Na publicação, ela compartilhou uma entrevista concedida por Allen, em 1992, ao programa de TV americano “60 Minutes”, em que nega ter abusado da filha. “Pode ser de interesse dar uma olhada na entrevista (…) e ver o que você acha”, finalizou a atriz.

Escândalo

A acusação contra o diretor existe há décadas, mas ganhou força nos últimos meses em meio ao escândalo gerado por relatos de assédio e violência sexual envolvendo nomes conhecidos de Hollywood.

Neste mês, em sua primeira entrevista para a TV sobre o caso, no programa “CBS This Morning”, Dylan relatou que sofreu o abuso aos sete anos de idade.

“Eu sou confiável e eu estou dizendo a verdade, e acho que é importante que as pessoas percebam que uma vítima, uma acusadora, importa. E que são suficientes para mudar as coisas”, afirmou. O diretor já negou repetidas vezes a acusação.

Dylan Farrow foi adotada por Woody Allen e Mia Farrow em 1992. O diretor já negou repetidas vezes as acusações de abuso. Em dezembro, ela falou sobre o caso em um editorial para o Los Angeles Times e questionou o motivo de seu pai ter sido poupado após as acusações do escândalo envolvendo o diretor Harvey Weinstein e o movimento #MeToo.

“Por que Harvey Weinstein e outras celebridades acusadas estão sendo banidas de Hollywood, enquanto Allen recentemente garantiu um contrato milionário com a Amazon? O sistema funcionou para Harvey Weinstein por décadas. E continua funcionando para Woody Allen”, afirmou Dylan.

No mesmo artigo, ela relatou o abuso. “Há muito tempo eu mantenho que quando eu tinha 7 anos de idade, Woody Allen me levou para o sótão, longe da babá que estava instruída a nunca me deixar sozinha com ele. Então ele abusou sexualmente de mim. Eu disse a verdade para as autoridades, e eu tenho dito isso, sem alterações, por mais de 20 anos”, escreveu.

Em um comunicado, o cineasta voltou a negar a acusação e disse que Dylan estava usando o escândalo de abuso sexual em Hollywood para retomar a alegação.

A rejeição em Hollywood ao diretor tem aumentado recentemente com vários atores se distanciando dele ou doando os ganhos com os seus filmes para grupos de apoio a vítimas de assédio.

Recentemente, um influente teatro dos Estados Unidos cancelou um musical de Woody Allen depois que sua filha adotiva insistiu em denunciar o suposto abuso. O Goodspeed Opera House de Connecticut informou no dia 25 que substituirá “Bullets Over Broadway”, uma adaptação de seu filme de 1994 com uma boa injeção de jazz, pela paródia musical “The Drowsy Chaperone”.

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