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Audiência pública expõe carências no tratamento do câncer de mama metastático no RS

(Foto: Banco de Dados)

Usando como gancho o Dia Internacional da Mulher, uma audiência pública foi promovida em 8 de março, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, para debater o acesso na rede pública de saúde aos tratamentos para câncer de mama metastático, fase mais avançada da doença.

Apesar dos avanços da medicina, pacientes que enfrentam esse estágio da doença não têm acesso aos tratamentos mais modernos na rede pública de saúde. A judicialização acaba sendo a via encontrada para a obtenção dos tratamentos, solução que onera as contas públicas e não oferece acesso igualitário à saúde. O próximo passo é levar à Secretaria de Saúde demandas referentes à doença debatidas no encontro.

“Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai até Maomé. Representantes da Secretaria de Saúde não puderam comparecer ao nosso encontro, então estamos articulando uma agenda já para a próxima semana, visando mobilizar todas que participaram da audiência e levar o que concluímos como necessidade. Assim, voltaremos os olhares às carências na atenção e assistência às pacientes com câncer”, disse a deputada Liziane Bayer (PSB), que presidiu a audiência.

Além disso, também será escrita uma Carta Aberta para evidenciar a necessidade de encontrar formas de disponibilizar o acesso aos tratamentos a pacientes gaúchas com câncer de mama metastático. O compromisso de atuar em prol de melhorias nesse tipo de atendimento foi firmado também com a Assembleia Legislativa e a Defensoria Pública, cujos representantes presentes na audiência ressaltaram os prejuízos pessoais e públicos da judicialização da medicina.

De acordo com o Inca (Instituo Nacional do Câncer), Porto Alegre é a capital com maior incidência de câncer de mama no Brasil. A audiência pública, realizada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, foi uma sugestão da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), articulada pelo Imama (Instituto da Mama do Rio Grande do Sul), com o apoio da Associação de Apoio às Pessoas com Câncer.

 

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