Auditores fiscais da Receita Federal paralisarão suas atividades a partir desta quarta-feira. A decisão foi divulgada nessa segunda-feira, após consulta feita em assembleia de servidores no dia 14. A interrupção do trabalho será parcial e não afetará o atendimento à população, segundo o Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil), entidade que representa a categoria.
Apesar de manter o atendimento aos serviços básicos ao cidadão, a paralisação deve prejudicar principalmente os trabalhos envolvendo a arrecadação do governo, que já enfrenta dificuldades de caixa.
A ideia dos auditores é comparecer aos locais onde exercem suas funções apenas para discutir os rumos da greve e a carreira.
Os auditores reivindicam reajuste de 35% para o teto da remuneração e 55% para o piso. Em valores reais, o teto da categoria saltaria de 22,5 mil reais para 30,4 mil reais. Já o salário inicial passaria de 24 mil reais. Também pedem a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 186/07, que concede autonomia administrativa e financeira ao órgão, implementação da indenização a auditores que atuam em fronteiras e regulamentação da Lei Orgânica do Fisco.
Planejamento
O Sindifisco esteve em reunião com o Ministério do Planejamento na sexta-feira, mas as negociações não avançaram, segundo o movimento. Em nota, a pasta informou que “não vai comentar pontualmente sobre o atendimento da pauta dos servidores, pois o processo de negociação continua aberto, com as duas partes buscando convergência para firmar um acordo”.
Uma nova rodada de negociações deve ser agendada nesta semana, mas sem data definida para o encontro, ainda conforme o Planejamento. A restituição do Imposto de Renda Pessoa Física, por exemplo, seguirá o calendário normal da Receita. Os auditores prometem manter a operação de fiscalização de bagagem em aeroportos. (Folhapress)
