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Autor da facada em Bolsonaro recusa delação premiada e repete que agiu sozinho

Adélio Bispo de Oliveira deu uma facada em Bolsonaro durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). (Foto: Divulgação)

Adélio Bispo de Oliveira, o homem que esfaqueou Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral do ano passado, disse em depoimento à PF (Polícia Federal), na quinta-feira (31), que se recusa a fechar acordo de delação premiada porque não tem nada a falar além do que já relatou.

Adélio foi ouvido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), onde está preso, pelo delegado Rodrigo Morais, da superintendência da PF em Belo Horizonte (MG). O delegado é responsável pelo inquérito que apura a existência de comparsas ou mandantes do ataque ocorrido em Juiz de Fora (MG).

No fim do interrogatório, Morais ofereceu a Adélio a chance de fechar um acordo de delação premiada, caso tivesse algo a revelar, mas o esfaqueador rejeitou a hipótese. Ele manteve a versão de que agiu sozinho e negou que o atentado tenha sido encomendado.

As investigações descartaram, até agora, a participação de terceiros. O presidente da República e seus advogados, no entanto, mantêm o discurso de que a tentativa de homicídio foi cometida por ordem de alguém.

O autor da facada recebeu da Justiça a chamada absolvição imprópria. Ele é comprovadamente autor do crime, mas não pode ser responsabilizado penalmente, já que foi declarado inimputável por ter uma doença mental. O diagnóstico é de transtorno delirante persistente.

Na sentença do caso, o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, determinou que Adélio cumpra medida de segurança por tempo indeterminado. Tanto o magistrado quanto os advogados acreditam que ele deve ficar em um presídio de segurança máxima para proteger sua integridade física.

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