Ícone do site Jornal O Sul

Autor do pedido de impeachment de Dilma, jurista Miguel Reale Júnior diz que pedaladas fiscais são “crimes contra a Pátria”

"Golpe é esconder dos brasileiros que o País quebrou", declarou o jurista (Foto: Ananda Borges/Câmara dos Deputados)

O jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira (15), no plenário da Câmara, que as pedaladas fiscais cometidas pelo governo não são “meras infrações administrativas”, mas, sim, “um crime contra a Pátria”. Ele disse ainda que Dilma cometeu um “golpe” ao “quebrar o País” e “mascarar” a situação econômica, para garantir a reeleição.

“Cismam os palacianos em dizer que [o impeachment] se trata de um golpe. Golpe se houve quando se sonegou a revelação de que o País estava quebrado. Golpe, sim, houve quando se mascarou a situação fiscal do País. Continuaram a fazer imensos gastos públicos e tiveram que se valer de empréstimos de entidades financeiras controladas pela União, para mascarar a situação do Tesouro Nacional”, afirmou.

Para Miguel Reale, Dilma agiu com “gravíssima irresponsabilidade ao jogar o País na lama”. “Vai dizer que não é crime? É golpe”, completou. Ele usou, em sua fala, 19 dos 25 minutos a que tinha direito na sessão da Câmara que debate o processo de impeachment. (AG) 

Sair da versão mobile