Na manhã desta sexta-feira (13), a PF (Polícia Federal) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, no âmbito de investigações sobre coação de eleitores na cidade gaúcha de Cerro Grande (Região Norte). Agentes estiveram em residências de apoiadores de um candidato à prefeitura, que teria formado milícia armada em reação a ameaças feitas por adversários contra cabos eleitorais.
As ordens judiciais foram determinadas pela Justiça Eleitoral, em ação movida pelo MPE (Ministério Público Eleitoral). Essa foi a segunda operação realizada no município, a partir de inquérito criminal instaurado pelo promotor Valmor Júnior Cella Piazza, a fim de garantir a segurança da campanha política local.
Na primeira operação, realizada dias atrás pela Polícia Civil e BM (Brigada Militar), mandados semelhantes haviam resultado na prisão preventiva de três envolvidos em ações de constrangimento a partidários de outro candidato. A medida foi determinada de forma unânime pelos juízes do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio Grande do Sul.
O promotor Valmor Piazza ressaltou que a atuação da força pública tem natureza preventiva, não somente para restabelecer a paz e a tranquilidade da campanha eleitoral. Segundo ele, a ofensiva também tem por finalidade “garantir que em eleições futuras, tanto candidatos quanto eleitores possam exercer com liberdade seu direito ao sufrágio”.
Marau
Faltando dois dias para o primeiro turno do pleito que definirá prefeitos e vereadores, a força-tarefa também esteve em Marau, na mesma região. Ao menos cinco pessoas que circulavam em veículos pela cidade foram detidas por coagirem eleitores por meio de abordagens com ameaças, mas acabaram liberadas e devem responder a processo por ameaça e coação eleitoral.
Os indivíduos foram surpreendidos ao usar dois automóveis para impedir a passagem de uma viatura não identificada da Polícia Civil. Eles portavam pedaços de pau. Tripulantes de um terceiro carro fugiram pela rodovia RS-324, após realizarem disparos.
(Marcello Campos)