Autoridades de Brasil e Uruguai já estão trabalhando de forma conjunta para combater a epidemia de coronavírus na zona de fronteira entre os dois países, que abrange seis cidades gaúchas e suas coirmãs “celestes” ao longo de uma faixa com mais de mil quilômetros de extensão: Santana do Livramento-Rivera, Aceguá-Acegua, Quaraí-Artigas, Barra do Quaraí-Bella Union, Chuí-Chuy e Jaguarão-Rio Branco.
Nesta semana, a titular da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, conversou por videoconferência com representantes dos Ministérios da Saúde de ambos os lados, a fim de discutir a formação de um Centro Binacional de Operações de Emergência e a definição de um plano de contingência.
A ideia é abordar questões de vigilância, suporte laboratorial e medidas de controle da infecção em pontos de entrada entre os dois países e promover ações integradas entre as vigilâncias em saúde, assistência à população nas cidades de fronteira e compartilhamento de informações.
Neste primeiro momento, as atenções estão voltadas essencialmente para as cidades de Santana do Livramento e Rivera, por serem as de maior fluxo de turismo do Sul do Brasil. “O trabalho de cooperação na área da saúde com o Uruguai acontece há mais tempo, entretanto essa troca de experiências se torna ainda mais importante em uma época de pandemia”, frisou Arita.
Eixos de ação
Segundo a diretora-geral de coordenação do Ministério da Saúde Pública do Uruguai, Karina Rando, as ações devem priorizar três eixos básicos: prevenção, assistência e vigilância.
Além de adotarem as mesmas regras de distanciamento, as cidades da fronteira pretendem oferecer testagem conjunta contra a doença e estabelecer um mecanismo único de controle da pandemia. Como regra geral, valerão as normas das bandeiras do plano de distanciamento controlado em vigência no Rio Grande do Sul.
(Marcello Campos)