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Avião que saiu de Porto Alegre arremete em São Paulo para evitar colisão com outra aeronave na pista

Voo da Gol estava em processo de aterrissagem em São Paulo quando avião da Latam estava prestes a decolar. (Foto: Reprodução)

Um avião em processo de aterrissagem no Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo (SP), precisou arremeter na manhã desta segunda-feira (18), pouco antes das 10h. O procedimento de retomada do voo foi motivado pela proximidade com outra aeronave, que estava prestes a decolar, a fim de evitar uma colisão ou outro acidente.

A aeronave que arremeteu era do voo 1209, da Gol e chegava de Porto Alegre. Enquanto o outro era o LA3610, da Latam, com destino a São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Esse tipo de procedimento é tomado por segurança na aviação, para evitar eventuais acidentes e não é incomum.

Em nota, a Gol afirmou que a aeronave “efetuou uma arremetida durante o seu processo de aterrissagem em São Paulo devido à presença de aeronave de uma companhia congênere na pista”. “Todo o procedimento seguiu os mais rígidos protocolos de segurança”. Segundo a companhia, o avião retomou a posição e pousou com segurança às 10h05, cerca de 10 minutos após arremeter.

“A companhia reforça que uma arremetida é o ato de descontinuar um procedimento de aproximação. Ela ocorre quando, após análise, o comandante verifica que o pouso não pode seguir cumprindo todos os requisitos de segurança ou por determinação da torre de controle do aeroporto. A arremetida é uma manobra normal e segura e que permite que os pilotos iniciem nova aproximação em condições mais favoráveis, como neste caso”, ressaltou.

Já a Latam respondeu, também em nota, que “não registrou nenhuma irregularidade na sua operação no voo LA3610 (São Paulo-Congonhas/São José do Rio Preto) e em nenhum outro voo nesta segunda-feira (18)”. “A companhia recomenda que o questionamento sobre o procedimento de arremetida seja feito ao operador do voo que tomou essa decisão”, concluiu.

Acidente da TAM

O maior acidente aéreo do País completou 15 anos neste domingo (17). Um Airbus A320 da TAM saído de Porto Alegre não conseguiu pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e se chocou contra um prédio da própria companhia, deixando 199 mortos (sendo 187 no avião e 12 em solo) – 98 pessoas moravam ou nasceram no Rio Grande do Sul.

A tragédia de 2007 teve grande repercussão nacional e internacional. Na época, o Brasil, que seria escolhido poucos meses depois como sede da Copa do Mundo de 2014, atravessava o chamado “caos aéreo” – uma série de problemas que o setor da aviação civil enfrentou desde o ano anterior, quando um Boeing 737 da Gol se chocou com um jato Legacy e caiu na floresta amazônica, deixando 154 mortos.

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